A nova "Jungle" de Calais

A nova "Jungle" de Calais
De  Euronews
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Em outubro do ano passado as autoridades francesas davam como terminada a destruição do campo de refugiados de Calais no norte de França.

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Em outubro do ano passado as autoridades francesas davam como terminada a destruição do campo de refugiados de Calais no norte de França. Hoje não restam vestígios do que em tempos foi um dos maiores campos de refugiados na Europa. O problema contudo não desapareceu. Hoje, centenas de migrantes continuam a ocupar o local embora em condições muito inferiores em comparação com a situação anterior.

“O desmantelamento do campo é uma grande história. Para começar, 60% das pessoas que estavam no campo anterior queriam ficar em França. Agora, em Calais, as pessoas que aqui estão querem chegar a Inglaterra o mais rapidamente possível. Não há sequer abrigo para passar a noite. Os cobertores e materiais são deitados para o canal., todas as noites ou de manhã. Há muita pressão para que passem o mais rapidamente possível”, adianta Christian Salomé, presidente da associação L’Auberge des Migrants que se dedica à distribuição de alimentos.

O presidente francês, Emmanuel Macron, já prometeu que os migrantes seriam tratados de forma humana.

No mês passado, as autoridades autorizaram apenas um espaço de duas horas por dia para a distribuição de alimentos e bebidas; um tribunal local ordenou ainda a criação de instalações sanitárias e o abastecimento de água potável.

Khalid, originário do Afeganistão, falou em exclusivo à euronews, sobre a sua experiência.

“A diferença relativamente ao campo anterior é enorme. A polícia não nos atacava todos os dias, havia casas e tendas bem equipadas, havia comida, casas de banho, duches, mesquita e mesmo um local para comer. Aqui não há nada, não há casa de banho, duche ou mesmo um local para dormir, nem mesmo um prato de comida”, afirma Khalid.

Decorridos nove meses sobre a destruição do campo de refugiados de Calais ainda se encontram aqui várias centenas de pessoas, muitas delas crianças, que sonham um dia chegar ao Reino Unido, custe o que custar.

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