Pelo menos 15 mortos mancham de sangue eleição da Constituinte

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Presidente Nicolás Maduro fala em sucesso e numa demonstração de resistência do povo; a oposição boicotou o sufrágio, rejeita o resultado e mantém os protestos antigoverno.

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A eleição da Assembleia Constituinte na Venezuela ficou manchada, este domingo, pela morte de pelo menos 15 pessoas e pelos protestos antigoverno reprimidos com violência pelas forças de segurança. Há relatos de mais de 400 feridos por todo o país.

Os confrontos começaram logo no sábado à noite e prolongaram-se pelo domingo. A maioria das vítimas seriam manifestantes.

No bairro de Altamira, em Caracas, uma coluna de motociclistas da guarda nacional foi atingida por um engenho explosivo. Quatro militares ficaram feridos. Em Táchira, um militar terá sido morto a tiro

Apesar de tudo, o Presidente Nicolás Maduro fala em sucesso na formação da Constituinte, com a qual pretende alterar a Carta Magna venezuelana.

“O povo da Venezuela demonstrou que quando o destino, a oligarquia apátrida e o imperialismo nos desafiam é quando nós fazemos valer o sangue libertador que corre nas veias de homens, mulheres e crianças”, disse Maduro no discurso de vitória pela eleição proposta no dia do Trabalhador (01 de maio) e que foi boicotada pela principal força da oposição, a Mesa de Unidade Democrática.

Pelo lado dos opositores do governo, o governador de Miranda Henrique Capriles falou de “um dia negro” na história da Venezuela e prometeu “um novo nível de luta” já a partir desta segunda-feira, com uma marcha marcada para o meio-dia, hora local (17:00, em Lisboa), a realizar por todo o país pelas vítimas mortais na sequência dos confrontos com as autoridades durante as manifestações anti-Constituinte.

“Nós não reconhecemos este processo fraudulento. Para nós, é nulo, não existe e vamos continuar em pé de luta até que, aqui, se imponha e se restabeleça a ordem constitucional e a democracia”, afirmou Capriles, reconhecido como um dos mais destacados líderes da oposição.

Com uma participação de pouco mais de 40 por cento dos cerca de 19,5 milhões de eleitores inscritos, foi eleita este domingo, 30 de julho, a Assembleia Constituinte mandatada para alterar a Constituição a pedido do Presidente Maduro.

Todos os 545 lugares da Constituinte serão ocupados por representantes do partido no poder, o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV). O vice-presidente socialista anunciou que a Constituinte deverá ser empossada num prazo de 24 a 72 horas, isto é, até quarta-feira.

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