Esgotados os recursos do planeta

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De  Nelson Pereira
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A humanidade terá consumido os recursos que o planeta pode renovar num ano, de acordo com a Global Footprint e o World Wildlife Fund

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Esta quarta-feira, 2 de agosto, a humanidade esgota os recursos do planeta disponíveis para este ano e começa a consumir as reservas que pertencem às gerações futuras. Desde que em 1970 a organização não-governamental Global Footprint Network (CFN) segue o calendário de consumo de recursos, este é o ano em que estes se esgotam mais cedo, seis dias mais cedo do que no ano passado.

Emitimos mais dióxido de carbono para a atmosfera do que aquilo que os nossos oceanos e florestas podem absorver. Pescamos e colhemos mais e mais rapidamente do que aquilo que conseguimos reproduzir e fazer reflorescer.

Num comunicado conjunto, a Global Footprint e o World Wildlife Fund alertam que a humanidade terá consumido até esta data o conjunto dos recursos que o planeta pode renovar num ano. A Global Footprint leva em conta principalmente a pegada de carbono, os recursos consumidos pela pesca, a pecuária, os cultivos, a construção e a utilização de água.

71% das emissões globais

É importante alterar os hábitos individuais de consumo, mas os principais responsáveis pelo problema são as corporações energéticas, afirmam entretanto os ambientalistas. De acordo com um estudo recente da organização não-governamental Carbon Disclosure Project, 71% das emissões globais são causadas por apenas uma centena de empresas exploradoras de combustíveis fósseis.

Todos os esforços individuais serão irrelevantes enquanto as grandes companhias de combustível fóssil continuarem surdas ao alarme.

O relatório conclui que, desde que em 1988 foi criado o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, no âmbito das Nações Unidas, mais de metade das emissões globais industriais são originadas por apenas 25 destas corporações.

O acordo internacional sobre o clima adotado pela Cimeira de Paris, em dezembro de 2015, pretendia que, até 2050, a humanidade consiga atingir um saldo zero de emissões de gases poluentes, ou seja, emitir a um ritmo que respeite a capacidade de absorção dos oceanos e das florestas.

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