"Um milhão de votos manipulados" nas eleições da Constituinte venezuelana

"Um milhão de votos manipulados" nas eleições da Constituinte venezuelana
De  Euronews
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Na segunda-feira, Maduro tinha assegurado que a participação tinha ficado próxima dos 8,1 milhões. A oposição disse que não votaram mais de 2,5 milhões de eleitores.

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A participação na controversa eleição de domingo da Assembleia Nacional Constituinte (ANC) na Venezuela foi manipulada, assegura a empresa responsável pelo escrutínio.

A Comissão Eleitoral (CNE, na sigla original) avançou com uma participação de 41,53 por cento, referente a 8.089.320 eleitores dos cerca de 19,5 milhões que compõem os cadernos eleitorais venezuelanos.

O diretor executivo da Smartmatic, a empresa responsável pela contagem dos votos, garante ter havido menos cinco por cento de registos do que os anunciados pela CNE e acrescentou que “uma auditoria iria permitir saber com exatidão a participação.”

#VIDEO Smartmatic Statement on the recent Constituent Assembly Election in Venezuela https://t.co/uUEHulyVzd

— Smartmatic (@smartmatic) 2 de agosto de 2017

“Estimamos que a diferença entre a participação real e o número avançado pelas autoridades é de pelo menos um milhão de votos. É importante sublinhar que isto não teria ocorrido se os auditores de todos os partidos políticos tivessem estado presentes em todos os momentos da eleição”, afirmou Antonio Mugica, CEO da Smartmatic.

SMARTMATIC. pic.twitter.com/YvmgaxEvlZ

— Alfredo Benedetti (@ajb248) 2 de agosto de 2017

A eleição da Constituinte foi anunciada a 01 de maio pelo Presidente Nicolás Maduro e o resultado alcançado este domingo foi celebrado como um triunfo pelos apoiantes do chefe de Estado e de Governo venezuelano apesar das críticas de maior parte da comunidade internacional.

A União Europeia, Portugal incluído, recusa reconhecer a legitimidade da Assembleia Constituinte venezuelana cuja tomada de posse foi anunciada para quinta-feira.

El Pueblo de Venezuela agradece al CNE por haber garantizado la histórica jornada de Elección de la Constituyente https://t.co/R07iSrNoZR

— Nicolás Maduro (@NicolasMaduro) 31 de julho de 2017

A oposição, liderada pela coligação Mesa de Unidade Democrática (MUD), boicotou o sufrágio, por entender tratar-se de um mero impulso de Maduro à consolidação da ditadura “chavista” no país.

A MUD garante que a participação no sufrágio não terá ido além dos 12 por cento (cerca de 1,5 milhões de eleitores).

MUD asegura que solo 12 % del censo electoral votó en Venezuela. https://t.co/ABPLtOpHPCpic.twitter.com/bCSRjVY7ND

— Noticias RCN (@NoticiasRCN) 31 de julho de 2017

A coligação de oposição convocou para esta quinta-feira uma marcha de protesto nas principais ruas do país para se manifestar contra a instalação da Constituinte.

A mobilização foi anunciada pelo vice-presidente da Assembleia Nacional (parlamento), órgão dominado pela oposição e ao qual o Presidente Nicolás Maduro pretende retirar poder.

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