Todos os serviços humanitários da ONU foram mobilizados para ajudar as populações da região de Kasai, alvo de massacres e abusos extremos.
A violência extrema que se vive na República Democrática do Congo (RDC) terá consequências dramáticas não apenas para as populações mas também para a estabilidade da região.
O alerta foi lançado, esta segunda-feira, pelo coordenador dos serviços humanitários das Nações Unidas.
Todos os serviços da agência da ONU foram mobilizados para ajudar as populações da região de Kasai, alvo de massacres e abusos extremos.
Em Nova Iorque, o coordenador dos serviços humanitários da ONU, Stephen O’Brien, denunciou a atual “inação” da comunidade internacional.
“Perante os milhões de mulheres, homens, raparigas e rapazes da RDC em risco, é nosso dever dar uma resposta humanitária e política para apoiar a população e a sua vontade de sobreviver”, disse Stephen O’Brien.
No último ano, quase 1,5 milhões de pessoas foram forçadas a abandonar as casas. Não há escolas e muitos centros de saúde foram destruídos. Crianças são drogadas e incorporadas em grupos armados.
Cerca de meio milhão de pessoas fugiram para os países vizinhos. 30.000 procuraram refúgio no norte de Angola.
A agência da ONU alerta também para a atual falta de meios financeiros. Apenas um quarto da ajuda prevista para a RDC foi disponibilizada.