Volta a Portugal: O sonho de Rui Sousa

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O sonho de Rui Sousa foi o pesadelo de Alejandro Marque Fafe na Volta a Portugal

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Rui Sousa (RP-Boavista) conquistou hoje a mais simbólica das vitórias na Volta a Portugal em bicicleta, numa sexta etapa em que a W52-FC Porto ousou na tática para eliminar definitivamente Alejandro Marque (Sporting-Tavira) da luta pela amarela.

Na véspera do dia em que deverá anunciar o final da sua carreira, o veterano de 41 anos arrancou na terra batida do Salto da Pedra Sentada para chegar isolado a Fafe, com a devida autorização da equipa portista, que escolheu a subida ao Alto do Viso para dar o golpe fatal nas aspirações daquele que, até à data, consideravam o seu principal rival.

Depois de cortar a meta, Rui Sousa chorou de emoção, abraçou-se a colegas e rivais, antes de confessar que era este o seu propósito: “Quando entrámos na terra, disse ao Professor [o diretor desportivo José Santos] que ia ganhar a etapa. Vencer uma etapa era o meu objetivo e hoje consegui concretizá-lo de forma espetacular”.

Perseguido pelo grupo de favoritos, sempre controlado pelos ‘dragões’, cuja atitude prepotente foi hoje criticada pelo segundo classificado, o italiano Rinaldo Nocentini (Sporting-Tavira), e pelo quarto, o espanhol Vicente García de Mateos (Louletano-Hospital de Loulé), o corredor de Barroselas aguentou-se na frente, cortando a meta com o tempo de 04:41.50 horas, quatro segundos à frente dos candidatos à geral e do camisola amarela Raúl Alarcón.

A sexta tirada não era tida como uma das decisivas da 79.ª edição, mas, como em tudo o resto nesta Volta a Portugal, foi a W52-FC Porto a ditar a sua lei. Começou a ser evidente que os homens de Nuno Ribeiro tinham planos ambiciosos para os 182,7 quilómetros quando António Carvalho, o nono da geral, e Ricardo Mestre se uniram aos 13 fugitivos que saltaram do pelotão ao quilómetro 25.

O grupo, no qual também estavam Rui Sousa e Filipe Cardoso (RP-Boavista), Jesús Ezquerra (Sporting-Tavira) e Bruno Silva (Efapel), partiu-se na ascensão ao Bom Jesus e voltou a unir-se pouco depois, chegando a dispor de uma margem de cinco minutos para o pelotão, liderado pelo Sporting-Tavira.

Mas o ex-líbris da tática dos portistas ainda estava para vir: na duríssima subida ao Alto do Viso, onde estava situada uma das duas contagens de primeira categoria desta edição, Amaro Antunes acelerou o ritmo, o camisola amarela atacou e a dupla iniciativa condenou Alejandro Marque (Sporting-Tavira) — Gustavo Veloso também descolou, mas acabou por reentrar no grupo da frente, no qual estavam Nocentini, De Mateos ou João Benta (RP-Boavista).

Encarado pela W52-FC Porto como a principal ameaça ao seu reinado, o vencedor da Volta2013, que rapidamente perdeu terreno para o grupo de favoritos (chegou a ter 02.40 minutos de desvantagem), entrou em modo de contrarrelógio para salvar as suas aspirações, mas foi infeliz na sua demanda, cedendo 01.23 minutos na meta e caindo para a décima posição (a 01.56 minutos de Alarcón), um ‘golpe’ que levou ‘Alex’ a reconhecer que está fora da discussão da Volta a Portugal.

Com a fuga anulada, no grupo da frente ficaram o esquadrão composto por Alarcón, Antunes, Veloso e Carvalho, acompanhados por De Mateos, Nocentini, Sousa e Benta e Paulinho, que, entretanto, recolou.

À entrada da famosa terra batida que dá pelo nome de Salto da Pedra Sentada, Rui Sousa saltou para a mais emblemática das suas cinco vitórias de etapa na Volta a Portugal. “Claro que esta é especial”, reconheceu.

Atrás de si, chegaram De Mateos e Nocentini, que bonificaram e encurtaram diferenças para o topo da classificação geral, que continua a ser comandada por Alarcón, com 24 segundos de vantagem sobre o italiano do Sporting-Tavira. Antunes é terceiro, a 30 segundos, com o espanhol do Louletano-Hospital de Loulé, a 34. Veloso encerra o lote de candidatos ainda com reais hipóteses de vestir de amarelo em Viseu, na quinta posição, a 39.

É assim que a 79.ª Volta a Portugal chega ao dia de descanso, para cumprir na sexta-feira. O pelotão regressa à estrada no sábado, para a sétima etapa, uma ligação de 161,9 quilómetros, entre Lousada e o Santuário de Nossa Senhora da Assunção, em Santo Tirso.

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