Reeleito, Kenyatta estende a mão à oposição

Reeleito, Kenyatta estende a mão à oposição
Direitos de autor 
De  Antonio Oliveira E Silva
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Uhuru Kenyatta foi reeleito com 54,3 % dos votos, segundo a comissão eleitoral.

PUBLICIDADE

Com agências. Atualizado com declarações do vencedor.

O presidente eleito do Quénia, Uhuru Kenyatta, estendeu a mão à oposição, depois de confirmada, esta sexta-feira, a vitória nas presidenciais, pedindo união a todos os quenianos, mesmo àqueles que dizem rejeitar o resultado.

“Candidato Raila Odinga, dirijome a ti, aos teus apoiantes. Trabalhemos juntos” disse o presidente eleito, depois de conhecido o resultado.

#BREAKING Kenya’s president reaches out to rival, says ‘no need for violence’

— AFP news agency (@AFP) 11 de agosto de 2017

“Sejamos pacíficos, partilhemos. Apertemos a mão ao nosso vizinho e aceitemos que as eleições acabaram e sigamos em frente”; continuou Kenyatta. Segundo a Comissão Eleitoral do Quénia, Uhuru Kenyatta conseguiu 54,3% dos votos e o líder da oposição, Raila Odinga, conseguiu 44,7%.

O mesmo organismo assegurou que cerca de 80% dos 19 milhões de eleitores participaram no escrutínio.

#UPDATE Kenyatta wins second term in Kenya election disputed by rival https://t.co/IRDWQd2w1opic.twitter.com/AIoxianNsR

— AFP news agency (@AFP) 11 de agosto de 2017

A vitória do presidente provocou protestos a favor e contra do candidato em Nairobi, onde apoiantes da oposição, Raila Odinga, se envolveram em encontros com a polícia, mas também em diferentes localidades no este do país. Para conter os manifestantes que rejeitam os resultados, a polícia recorreu a gás lacrimogéneo. Foram ouvidos disparos nos bairros de lata de Mathare e Kawangare, na capital. Helicópteros patrulharam a região durante várias horas.

Protestos que provocam o temor a que o país africano passe por novos episódios de violência, como os registados há uma década, quando cerca de 1200 pessoas morreram e milhares tiveram de abandonar as suas casas, numa série de episódios que culminou com confrontos e matanças étnicas.

Oposição fala em fraude

A oposição denuncia a existencia de “fraudes” em todo o processo e que os números dados a conhecer num primeiro momento era “inventados”, pois, segundo “uma fonte no interior da comissão eleitoral” garantiu ao pessoal da coligação NASA que Odinga gozava de uma “vantagem considerável”.

#BREAKING Riots, looting in Nairobi slum after Kenya poll results announced: AFP

— AFP news agency (@AFP) 11 de agosto de 2017

Não é a primeira vez que o candidato Raila Odinga denuncia umas presidenciais no Quénia, depois de perder nas urnas, o que aconteceu nas duas presidenciais anteriores. Segundo Musalia Mudavadi, da coligação que domina a oposição ao presidente eleito, foi denunciada a existência de irregularidades:

“Assinalámos a existência de sérios problemas e não obtivemos resposta. A coligação NASA não deve participar no processo em curso”.

A coligação poderia levar o caso aos tribunais quenianos.

Rivalidades étnicas

Odinga é membro da etnia Luo, que domina no oeste do Quénia e cujos membros dizem estar excluídos dos círculos do poder no país.

Kenyatta é membro da etnia Kikuyu, tal como o eram três dos quatros presidentes do Quénia desde que o país chegou à independência do Reino Unido, em 1963.

O Quénia é uma potência regional e económica na África Oriental e qualquer instabilidade no país afeta os vizinhos e influencia a atividade económica.

IEBC announces President UKenyatta</a> of <a href="https://twitter.com/JubileePartyK">JubileePartyK re-election #Kivumbi2017#ElectionKE2017 results https://t.co/6Q3ZUfGhq5pic.twitter.com/hbEq58qgq0

— The Standard Digital (@StandardKenya) 11 de agosto de 2017

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Junta militar do Níger responde com demonstração de força ao fim do prazo do ultimato

Presidente do Níger detido em tentativa de golpe de Estado

Presidente do Níger denuncia tentativa de golpe