A "opção militar" de Trump contra Caracas

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De  Antonio Oliveira E Silva
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O Pentágono diz que não existem quaisquer planos em curso para uma intervenção na Venezuela.

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Com Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou a Venezuela com a possibilidade de uma intervenção militar, no que é visto como uma posição pouco esperada por alguns analistas da parte de Washington em relação à crise que se vive no país latino-americano.

Foi depois de um encontro com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, e a embaixadora dos EUA para as Nações Unidas,* Nikki Haley*, em Bedminster, estado de Nova Jérsia, que o presidente falou na possibilidade de uma intervenção do exército norte-americano contra o Governo de Nicolás Maduro:

“Temos muitas opções na Venezuela. E, já agora, não pomos de parte uma intervenção militar. Temos muitas opções em jogo para a Venezuela”, disse Trump.

Trump threatens Venezuela with ‘military option’ https://t.co/qgLbxXrBgK

— Reuters World (@ReutersWorld) 11 de agosto de 2017

O presidente dos Estados Unidos referiu, como argumentos para uma possível intervenção militar, o facto de que o seu país se encontra militarmente presente em todo o mundo, assim como uma relativa proximidade geográfica da Venezuela em relação aos EUA, que, segundo Trump “fica perto”: “É um vizinho nosso, ou seja, estamos presentes em todo o mundo e temos tropas presentes em locais do mundo muito muito longe. A Venezuela não fica muito longe e as pessoas estão a sofrer e estão a morrer. Temos muitas opções para a Venezuela, incluindo uma intervenção militar, se necessário”.

Alta tensão em Caracas

A tensão política e social na venezuela tem atingido, nos últimos dias, níveis de volatilidade que inquietam os vizinhos, mas também a Comunidade Internacional.

Forças opositoras ao Governo chavista de Nicolás Maduro assaltaram uma base militar e roubaram um conjunto de armas, no que é visto como uma reação à abertura da chamada Assembleia Constituinte, que substitui a Assembleia Nacional da Venezuela e cuja legitimidade não é reconhecida por Bruxelas nem por Washington.

“Detido o líder do grupo”

Aquele que Caracas define como o “líder do grupo” que levou a cabo o assalto numa base militar perto da cidade de Valência, no estado de Carabobo.

4. Esta captura ha sido un duro golpe al terrorismo fascista que ha puesto en práctica la derecha venezolana en los últimos meses.

— Vladimir Padrino L. (@vladimirpadrino) 11 de agosto de 2017

A informação foi avançada pelo ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino, via rede social Twitter, que definiu a captura como “um duro golpe contra o terrorismo”. Foi na segunda-feira que o ministro Padrino anunciou uma operação a nível nacional para capturar Juan Carlos Caguapirano, antigo Capitão das Forças Armadas da Venezuela, expulso em 2014 por ter criticado publicamente o Governo de Hugo Chávez, tendo sido acudado de “traição à pátria”.

Ringleader of Venezuela military base attack captured: minister https://t.co/uRR9ro2upI

— Reuters World (@ReutersWorld) 11 de agosto de 2017

Em 2015, foi colocado numa lista criada pelo Governo venezuelano composta por militares considerados suspeitos de formar parte da chamada Operação Jericó, alegada conspiração para matar Maduro.

Mais de 120 mortos em quatro meses de protestos

Morreram, nos últimos quatro meses, mais de 120 pessoas na Venezuela, em violentos protestos contra e a favor do Governo do presidente Nicolás Maduro, eleito em 2013. Caracas diz que os Estados Unidos se preparam, há muito, para uma “invasão”. Fonte militar disse à agência Reuters que o exército tem vindo a tomar medidas a esse respeito, como a colocação de mísseis de defesa ao longo da costa.

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