O modelo japonês de cooperação e desenvolvimento

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Fomos a Moçambique e ao Senegal para conhecer exemplos de cooperação japonesa no continente africano.

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O Global Japan foi a África conhecer o modelo japonês de desenvolvimento e cooperação. Estamos em África e visitaremos o Senegal e Moçambique.

A relações de cooperação entre japoneses e africanos remontam aos anos 50. Mas foi nos últimos 25 anos, com o arranque das Conferências Internacionais de Tóquio para o Desenvolvimento de África, (TICAD, sigla em inglês) que a aproximação nipónica ao Grande Continente se intensificou.

No Rio Senegal, em Podor, um projeto aposta na transferência de tecnologia e na formação dos produtores locais. Tudo em prol das boas prestações e da autonomia dos beneficiários, a longo prazo.

Cerca de 600 pessoas trabalham na produção de arroz, num terreno com 700 hectares. Um projeto levado que tem permitido melhorar a eficácia e a qualidade da produção. Entre 2010 e dois 2014, foram instalados, por exemplo, sistemas de irrigação mais eficazes, o que permitiu melhorar os métodos de cultivo.

A produção nos campos de arroz passou de quatro para sete toneladas por hectar. Os rendimentos dos produtores aumentaram cerca de 20%.

O método de transferência de tencologia parece ser eficaz Mas, para os gestores do projeto, o importante é fazer com que seja rentável a longo prazo.

Para além de produzir mais, as tecnologias utilizadas permitem produzir melhor. O arroz é mais valorizado pelo consumidor local, o que leva a uma redução das necessidades de importação.

Os japoneses forneceram a este centro equipamentos de triagem de grão. O processo implica a eliminação sistemática de toda matéria prima considerada inferior.
A TICAD em Maputo
Em Maputo, Moçambique, a Euronews acompanhou mais um encontro no âmbito das conferências da TICAD, a iniciativa japonesa para o desenvolvimento africano.

O objetivo da conferência, na capital moçambicana, é saber que objetivos foram atingidos desde o último encontro da TICAD, em Nairobi, no Quénia. E debater desafios futuros até à conferencia de Yokohama, em 2019.

À margem da conferência da TICAD, a Euronews falou com o ministro japonês dos negócios estrangeiros, Taro Kono.

O ministro explicou que os investimentos em África devem ser levados a cabo com a “qualidade necessária para funcionar de acordo com os padrões de exigência internacionais”.

Koro disse ainda que “é importante que” o Japão “possa ter a certeza de que essas infraestruturas são geridas de forma aberta e transparente”.

Um modelo de cooperação e desenvolvimento de sucesso que aposta na formação através da prática. E, sobretudo, na transferência de conhecimentos, de ferramentas e capacitação de quem beneficia dos projetos.

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