Utilizar vírus no tratamento do cancro

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Os vírus têm sido considerados como fontes de doenças, mas existe uma nova abordagem que utiliza vírus no tratamento do cancro.

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Os vírus têm sido considerados como fontes de doenças, mas existe uma nova abordagem que utiliza vírus no tratamento do cancro. A biotecnologia utiliza vírus no tratamento de doenças letais alterando o seu ADN.

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“A imuno-oncologia atua no sistema imunológico para destruir as células cancerígenas, desta forma há uma melhor eficácia, menos efeitos colaterais e usamos a mesma medicação para tratar diferentes tipos de cancro”, explica o analista farmacêutico, Jean-Jacques Le Fur.

A Transgene é uma PME francesa de biotecnologia que desenvolve vacinas e vírus para o tratamento de cancros e doenças infecciosas.
Altera o ADN de vírus específicos para que consigam encontrar células cancerígenas. Esses vírus destroem a estrutura das células replicando-se ou matam essas células indiretamente, desencadeando o próprio sistema imunitário dos organismos. Não existem efeitos colaterais como na quimioterapia e radioterapia. “Estamos a utilizar vírus para tratar o cancro e doenças infecciosas. Mais especificamente no campo da oncologia – estamos a educar o sistema imunitário para o reforçar e ajudá-lo a combater e a matar as células anormais, como as células cancerígenas”, acrescenta o diretor da empresa, Phillipe Archinard.

A investigação e desenvolvimento dos produtos custa tempo e dinheiro: a Transgene confiou na ajuda financeira dos acionistas; no apoio especial do governo francês e num empréstimo exclusivo do programa InnovFin, do Banco Europeu de Investimento. “Estamos a completar um programa de desenvolvimento clínico muito ambicioso. O objetivo é alcançar resultados clínicos significativos – isso vai acontecer nos próximos de 12 meses – e traduzir esses resultados em parcerias com grandes empresas farmacêuticas ou de biotecnologia”, adianta Phillipe Archinard.

Estes desenvolvimentos inovadores podem revolucionar o setor farmacêutico e da saúde, mas nem sempre é fácil realizar testes clínicos dispendiosos – principalmente para as pequenas empresas. É por isso que exigem apoios mais especializados. “As empresas são, geralmente, financiadas por investimentos ou por fundos para a inovação. Numa fase mais avançada: podem entrar nos mercados financeiros ou assinar acordos com laboratórios farmacêuticos”, conclui Jean-Jacques Le Fur.

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