Eleições marcadas pelo suspense no mais rico dos países escandinavos

Eleições marcadas pelo suspense no mais rico dos países escandinavos
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De  Antonio Oliveira E Silva
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Principais sondagens dão 85 deputados aos Conservadores e 84 aos Trabalhistas no parlamento unicameral norueguês.

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Os eleitores noruegueses elegem esta segunda-feira os membros do Stortinget, a câmara legislativa unicameral, numas eleições cujas sondagens deixam antever um parlamento dividido entre o centro-direita (85 lugares) e o centro-esquerda (84 lugares).

As urnas fecham às 19h00 locais.

Os Conservadores da primeira-ministra Erna Solberg acreditam que uma descida dos impostos é a fórmula acertada para dar força ao crescimento económico.

Os Trabalhistas de Joan Gahr Stoere, por outro lado, querem que os impostos continuem a financiar os serviços públicos essenciais, como a educação e o sistema nacional de saúde.

Executivos de coligação

O resultado destas eleições e a formação de alianças governamentais poderão, a partir do início da legislatura, ter um impacto na indústria petrolífera, setor fundamental para a próspera economia norueguesa.

Isto porque tanto Conservadores como Trabalhistas dependem de partidos mais pequenos para formar um Executivo. Ao longo da campanha, grande parte das forças políticas disse desejar impôr limites à exploração de petróleo no águas do Ártico. A Noruega quer diversificar a sua economia.

Forskere frykter at det politiske spillet får folk til å bli hjemme på valgdagen.https://t.co/U6V6dinNFjpic.twitter.com/hGkibR1ln8

— NRK (@NRKno) 11 de setembro de 2017

O sistema eleitoral norueguês é de representação proporcional e inclui uma regra que favorece a representação de forças políticas que consigam pelo menos 4% dos votos. Um mecanismo que favorece a presença mais partidos na câmara e que tende a foverecer executivos de consenso, depois de um processo de negociação.

Uma situação económica sem igual no velho continente

Os problemas económicos e sociais da Norguega e dos seus cidadãos são considerados de menor dimensão, quando comparados com os dos seus vizinhos europeus, numa União Europeia que luta por abandonar uma crise económica, financeira, que se transformou numa crise de identidade e de legitimidade.

A taxa oficial de desemprego era, no ano passado, de 5%, o valor mais elevado dos últimos 20 anos. Os últimos dados oficiais, no entanto, apontam para uma descida para os 4,3%. Enquanto isso, os níveis de confiança do consumidor atingem os níveis mais elevados da última década.

A Noruega conta com um fundo soberano de quase um bilião de dólares norte-americanos, considerado como o primeiro entre todos os Estados membros da Organização das Nações Unidas.

Em 2015, o país era o primeiro na lista do Índice de Desenvolvimento Humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), com 0,949 pontos, seguido da Austrália e da Suíça.

Com Reuters

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