Juncker esclarece posição sobre referendo na Catalunha

Juncker esclarece posição sobre referendo na Catalunha
De  Isabel Marques da Silva
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Para ser membro da União Europeia, a região espanhola da Catalunha terá de percorrer um longo caminho, explicou o presidente da Comissão Europeia no programa especial da euronews "AskJuncker".

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Para ser membro da União Europeia, a região espanhola da Catalunha terá de percorrer um longo caminho, explicou o presidente da Comissão Europeia no programa especial da euronews “AskJuncker”.

A primeira condição é que o referendo seja feito com a aprovação do Parlamento nacional espanhol.

“Sempre dissemos que, a este respeito, seguiremos, respeitando-as, as decisões do Tribunal Constitucional espanhol e do Parlamento espanhol. Mas é óbvio que se o “sim” à independência da Catalunha se tornar realidade, respeitaremos essa escolha. Mas a Catalunha não poderá tornar-se, na manhã seguinte à votação, num membro da União Europeia. A Catalunha terá de se submeter a um processo de adesão igual ao dos países que se juntaram à União desde 2004”, explicou Jean-Claude Juncker.

Jean-Claude Juncker: I would respect Catalonia ‘yes’ vote https://t.co/UoiqFd3upzpic.twitter.com/Yzf30qyAmg

— euronews (@euronews) September 14, 2017

A jornalista da euronews, Isabelle Kumar, perguntou se “não está preocupado com um efeito de bola de neve, em que outros países da Europa se fragmentem?”

“A Europa tem uma riqueza de diferentes tradições regionais. Isso faz parte da riqueza da Europa”, respondeu Juncker.

“Mas não gostaria que as tradições regionais conduzissem ao separatismo e à fragmentação da Europa. Mas quem sou eu para dizer às pessoas o que elas devem pensar se forem tentadas pela independência?”, acrescentou.

Having been a spox at the EC, I imagine the “situation” created. Commissioners are politicians, not androids one can program. https://t.co/OAgbdx3Wun

— Amadeu Altafaj (@aaltafaj) September 14, 2017

O parlamento regional da Catalunha aprovou, a 6 de setembro, a realização de um referendo a 1 de outubro.

O governo central de Madrid considera essa lei ilegal e interpôs recurso junto do Tribunal Constitucional espanhol.

Os partidos nacionais e o rei de Espanha também estão contra este referendo decidido unilateralmente.

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