Macron considera "grande erro" denunciar acordo nuclear com o Irão

Macron considera "grande erro" denunciar acordo nuclear com o Irão
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
PUBLICIDADE

O Presidente francês Emmanuel Macron afirmou, na primeira intervenção na ONU, que seria “um grande erro” denunciar o acordo nuclear com o Irão e ainda que o Acordo de Paris sobre o clima “não será renegociado”.

“O nosso compromisso acerca da não-proliferação resultou num acordo forte e robusto que assegura que o Irão não adquire armas nucleares. Denunciá-lo hoje sem propor qualquer outra coisa seria um grande erro, não o respeitar seria irresponsável porque é um acordo útil”, disse Macron perante a Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas.

Estas declarações surgem em resposta à intervenção do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que disse pouco antes, na mesma sessão, que o acordo alcançado pelo seu país e outras potências com o Irão é “uma vergonha”.

Trump admitiu retirar os EUA do acordo se suspeitar que o objetivo é “encobrir uma eventual construção de um programa nuclear” iraniano.

Relativamente ao Acordo de Paris sobre o clima, Emmanuel Macron afirmou que esse “não será renegociado” e que continuará a ser implementado com os países que “querem criar um mundo melhor”.

Macron acrescentou que “a porta estará sempre aberta” para os EUA, depois de Donald Trump ter anunciado a saída do seu país desse acordo.

O Presidente francês destacou ainda na sua intervenção os conflitos na Birmânia, afirmando que está a ser feita uma “limpeza étnica” contra os rohingya.

Emmanuel Macron acrescentou que as autoridades birmanesas devem parar as operações militares e facilitar a entrega de ajuda humanitária às pessoas afetadas.

“As operações militares devem cessar, o acesso humanitário deve ser assegurado e o direito restabelecido”, disse.

Segundo Macron, a França vai propor ao Conselho de Segurança da ONU uma iniciativa de resposta ao conflito.

[LUSA]

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

SIDA pode deixar de ser ameaça à saúde pública em 2030, diz ONU

Zelenskyy diz na ONU que Rússia usa alimentos e crianças como arma

Rússia assume a presidência do Conselho de Segurança da ONU