Irão reage à desestabilização americana do acordo nuclear

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De  Euronews
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Depois de Donald Trump ter classificado como "vergonhoso" o acordo nuclear obtido com o Irão em 2015, Hassan Rouhani declara reação assegurada se os EUA retirarem do acordo

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Uma “perda de tempo” com um país que “vai ridicularizar os compromissos internacionais que tem”.

Foi assim, ante a Assembleia-Geral das Nações Unidas, que o presidente do Irão, Hassan Rouhani, excluiu, esta quarta-feira, a hipótese de uma nova discussão com os Estados Unidos sobre o acordo nuclear alcançado em 2015.
A vontade de cumprir o acordo mantém-se, diz Rouhani, mas uma violação terá resposta:

“Declaro aqui, frente a esta Assembleia, que a República Islâmica do Irão não será o primeiro país a violar o acordo, mas responderá decisiva e resolutamente à sua violação por qualquer uma das partes.”

À mesma Assembleia, Donald Trump disse que o acordo nuclear com o Irão era o pior em que os Estados Unidos tinham entrado, classificando-o como “vergonhoso”.
Suspender em decisões individuais os acordos multilaterais parece ser a tática: esta quarta-feira Trump anunciou ter tomado uma decisão sobre ficar ou retirar os EUA do acordo, mas recusou dizer qual seria essa decisão.

As outras partes do acordo, como a França, têm posição própria, como deixou claro Emmanuel Macron ante a mesma Assembleia e aos jornalistas: “Quanto a mim, o que há a fazer é manter o acordo de 2015 porque era um bom acordo com forte monitorização da situação actual.”

Um “erro grave” e “irresponsável” a denúncia do acordo sem proposta alternativa, disse ainda Macron na Assembleia-Geral.

Trump tem de dizer ao Congresso americano, a 15 de outubro, se o Irão cumpre ou não o acordo, apesar da monitorização da Agência Internacional da Energia Atómica. Se a resposta for negativa, ao contrário do que aconteceu nas duas audiências prévias sobre o tema, o Congresso decidirá, em 60 dias, se volta às sanções levantadas aquando da assinatura do acordo.

Não se sabe o que decidirá o Irão, mas Rouhani relembrou a capacidade de relançar os reatores até atingir o nível alcançado e abandonado em 2015.

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