Executivo comunitário quer unidade na tributação do setor digital

Executivo comunitário quer unidade na tributação do setor digital
De  Isabel Marques da Silva com AFP
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

A União Europeia enfrenta um caminho difícil para chegar a consenso, entre os Estados-membros, sobre um novo mecanismo para tributar as empresas do setor digital.

PUBLICIDADE

A União Europeia enfrenta um caminho difícil para chegar a um consenso entre os Estados-membros sobre um novo mecanismo para tributar as empresas do setor digital.

Estas pagam, em média, 9% de impostos, enquanto que as empresas tradicionais pagam, em média, 20%.

O executivo comunitário apresentou, quinta-feira, as primeiras pistas para criar nova legislação.

“Seria muito melhor ter uma abordagem europeia conjunta sobre esta questão de como conseguir, de forma efetiva, tributar a economia digital, evitando fazer uma manta de retalhos com base em decisões unilaterais dos Estados-membros. Isso prejudicaria a integridade do mercado único”, explicou o vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis.

Take action to #EndSecrecy! Tweet MEPs to adopt full public country by country reporting. Visit https://t.co/kuN9Wht477#CBCRpic.twitter.com/RWrI60kQ7a

— Eurodad (@eurodad) March 27, 2017

A França lidera o processo e já convenceu outros nove Estados-membros, durante a reunião dos ministros das Finanças, no passado sábado.

Mas Irlanda, Malta ou Luxemburgo não gostariam de abandonar os acordos fiscais especiais que concederam a estas empresas.

Comment accepter que des #GAFA paient 100 000€ d’impôt alors qu’ils réalisent des millions de chiffre d’affaires ?https://t.co/JxglE6D4QY

— Bruno Le Maire (@BrunoLeMaire) September 21, 2017

“É importante que a União Europeia obtenha um consenso sobre o caminho a seguir antes de começar a explorar outras vias, tais como a cooperação reforçada”, alertou Valdis Dombrovskis.

Essa cooperação significa que apenas um grupo de países avançaria e os outros poderiam juntar-se depois.

O tema voltará a ser discutido numa cimeira especial da União Europeia, a 29 de setembro, na Estónia.

Google, Facebook, Apple e Amazon são as empresas mais visadas por esta medida.

Estas multinacionais norte-americanas pagam apenas impostos sobre os lucros apresentados nos países onde estão fisicamente sedeadas e não sobre o volume de negócios feito nos diversos países onde vendem os seus serviços e produtos.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Pipocas, cadáveres, jacarés. Sabe o que têm em comum?

Enquanto Putin orquestra a sua reeleição, uma economia russa resiliente será um fator decisivo

A tendência do TikTok que pode salvar as suas finanças este ano