A União Europeia enfrenta um caminho difícil para chegar a consenso, entre os Estados-membros, sobre um novo mecanismo para tributar as empresas do setor digital.
A União Europeia enfrenta um caminho difícil para chegar a um consenso entre os Estados-membros sobre um novo mecanismo para tributar as empresas do setor digital.
Estas pagam, em média, 9% de impostos, enquanto que as empresas tradicionais pagam, em média, 20%.
O executivo comunitário apresentou, quinta-feira, as primeiras pistas para criar nova legislação.
“Seria muito melhor ter uma abordagem europeia conjunta sobre esta questão de como conseguir, de forma efetiva, tributar a economia digital, evitando fazer uma manta de retalhos com base em decisões unilaterais dos Estados-membros. Isso prejudicaria a integridade do mercado único”, explicou o vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis.
Take action to #EndSecrecy! Tweet MEPs to adopt full public country by country reporting. Visit https://t.co/kuN9Wht477#CBCRpic.twitter.com/RWrI60kQ7a
— Eurodad (@eurodad) March 27, 2017
A França lidera o processo e já convenceu outros nove Estados-membros, durante a reunião dos ministros das Finanças, no passado sábado.
Mas Irlanda, Malta ou Luxemburgo não gostariam de abandonar os acordos fiscais especiais que concederam a estas empresas.
Comment accepter que des #GAFA paient 100 000€ d’impôt alors qu’ils réalisent des millions de chiffre d’affaires ?https://t.co/JxglE6D4QY
— Bruno Le Maire (@BrunoLeMaire) September 21, 2017
“É importante que a União Europeia obtenha um consenso sobre o caminho a seguir antes de começar a explorar outras vias, tais como a cooperação reforçada”, alertou Valdis Dombrovskis.
Essa cooperação significa que apenas um grupo de países avançaria e os outros poderiam juntar-se depois.
O tema voltará a ser discutido numa cimeira especial da União Europeia, a 29 de setembro, na Estónia.
Google, Facebook, Apple e Amazon são as empresas mais visadas por esta medida.
Estas multinacionais norte-americanas pagam apenas impostos sobre os lucros apresentados nos países onde estão fisicamente sedeadas e não sobre o volume de negócios feito nos diversos países onde vendem os seus serviços e produtos.