Um futuro ainda incerto para os Rohingya

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De  Antonio Oliveira E Silva
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Rebeldes do ARSA dizem estar abertos a novas propostas de paz para o estado de Rakhine.

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Os rebeldes do ARSA, Exército de Salvação Rohingya dizem estar dispostos a aceitar medidas no sentido de chegar à paz no Myanmar, antiga Birmânia.

O mês de cessar-fogo declarado para permitir a chegada de ajuda ao estado de Rakhine está a chegar ao fim e não é ainda certo quais será o próximo passo.

No entanto, na altura, o Governo birmanês disse que tinha como política “não negociar com terroristas”.

Ataques rebeldes receberam resposta sem precedentes

Os rebeldes lançaram um conjunto de ataques em 30 lugares diferentes no final do passado mês de agosto, com a ajuda de habitantes da etnia Rohingya. Pelo menos 1’ pessoas morreram.

A resposta do exército birmanês não se fez esperar, com uma ofensiva que arrasou o norte do estado de Rakhine e que fez com que mais de meio milhão de Rohinguya deixasse a região.

As Nações Unidas dizem que estamos perante uma limpeza étnica, mas o Myanmar rejeita que tal seja o caso e que mais de 500 pessoas morreram em confrontos, a maioria dos quais dizem ter sido “terroristas.”

Rebeldes exigem fim “das discriminações” no país

O ARSA, por seu lado, acusa o Governo birmanês de utilizar armas como a violação e a política de terra queimada como “ferramentas de desertificação”.

Os rebeldes negam ter qualquer tipo de contacto com grupos armados islamistas estrangeiros e que o ARSA foi criado no quadro da violência entre muçulmanos e budistas, em 2012.

O ARSA disse à agência Reuters que luta pelos direitos do povo Rohingya, que afirmam sofrer discriminações no Myanmar e a quem é negada a cidadania.

Entretanto, Aung San Suu Kyi, líder birmanesa, enfrentou duras críticas da parte da Comunidade Internacional, por nada ter feito para pôr fim à violência.

Suu Kyi acabou por condenar as violações dos Direitos Humanos e disse que o seu país estava pronto para dar a início a um acordo ao qual tinha chegado com o vizinho Bangladesh em 1993 – qualquer pessoa aceite por Daka como refugiado poderia voltar para o Myanmar em segurança.

Com Reuters

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