Rajoy: Governo não rejeita suspender autonomia da Catalunha

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A crise divide a Catalunha, onde vivem 16% dos espanhóis e onde, segundo sondagens, metade não são independentistas.

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O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy,disse que Madrid impedirá que uma eventual declaração de independência da Catalunha produza quaisquer efeitos, numa entrevista ao diário El País.

“O Governo vai impedir que qualquer declaração de independência leve ao que quer que seja”, disse Rajoy na sua primeira entrevista a um diário espanhol desde o início da crise entre Madrid e Barcelona.

Inquirido sobre se equaciona suspender a autonomia de que a Catalunha goza, aplicando o artigo 155 da Constituição, Rajoy respondeu: “Não descarto nada”.

“Mas devo fazer as coisas em seu devido tempo […]. Gostaria que a ameaça da declaração de independência fosse retirada o mais rapidamente possível”, acrescentou.

Crise política sem precedentes na Espanha democrática

As tensões entre Madrid e Barcelona mergulharam Espanha na mais grave crise política desde o regresso à democracia, em 1977.

A crise está a dividir a Catalunha, onde vivem 16% dos espanhóis e onde, segundo as sondagens, metade da população não é independentista.

Madrid afasta qualquer hipótese de mediação, argumentando o primeiro-ministro, Mariano Rajoy, que “para dialogar, é preciso agir dentro da legalidade”.

A justiça espanhola considerou ilegal o referendo para a independência de outubro e deu ordem para que os Mossos d’Esquadra, a polícia regional, selassem os locais.

Polémicas cargas policiais

Perante a inação da polícia catalã em alguns locais, foram chamadas a Guardia Civil e a Polícia Nacional, que protagonizaram os maiores momentos de tensão para tentar impedir o referendo, realizando cargas policiais sobre os eleitores e forçando a entrada em várias assembleias de voto ocupadas para garantir que permaneceriam abertas.

A violência policial fez 893 feridos mas, apesar da repressão, 43,03% dos 5,3 milhões de eleitores conseguiram votar, e 90,18% deles terão votado a favor da independência, segundo o governo regional da Catalunha.

Uma vez proclamados os resultados oficiais do escrutínio, a chamada Lei do Referendo, que o parlamento catalão aprovou em setembro e que foi suspensa pelo Tribunal Constitucional espanhol, estipula que a Declaração Unilateral de Independência seja emitida num prazo de 48 horas.

Como o fim de semana não é contabilizado para esse efeito, o prazo estender-se-á até terça-feira, 10 de outubro, tendo a Mesa do Parlamento Regional, que é o seu órgão dirigente, marcado para esse dia, uma comparência no plenário do presidente catalão, Carles Puigdemont.

Com Lusa

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