Função pública francesa em pé de guerra

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Cinco milhões e meio de trabalhadores do Estado e das administrações locais foram chamados a participar na greve que perturbou em particular os transportes e o ensino

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Os ventos da contestação começam a soprar mais forte sobre a presidência de Emmanuel Macron. Pela primeira vez em dez anos, em França, todos os sindicatos da função pública uniram-se num dia de greve.

Um protesto das nove centrais sindicais contra as reformas económicas previstas pelo presidente francês há cinco meses no cargo.

Cinco milhões e meio de trabalhadores do Estado e das administrações locais foram chamados a participar na greve que perturbou em particular os transportes e o ensino.

Trinta por cento dos voos nos aeroportos internacionais foram anulados e 18% dos professores participaram na paralisação.

A manifestação em Paris contou com cerca de 26 mil pessoas. Os sindicalistas declararam ter existido 70 marchas de protesto em todo o país com a participação de 400 mil pessoas.

“Estamos aqui para pedir ao governo que altere os planos sobre o poder de compra dos funcionários públicos. O governo tem continuamente adotado medidas negativas desde que assumiu funções. Não há um único setor que tenha sido mais mal tratado do que a função pública, desde a chegada de Emmanuel Macron, que congelou os índices salariais, e avançou com o restabelecimento do período de carência nas baixas médicas e tem o plano para suprimir 120 mil postos de trabalho”, referiu Bernardette Croizon, líder do sindicato FSU. O protesto em Paris contou com pequenos incidentes entre manifestantes e a polícia, mas longe da violência que costuma acontecer em dia de contestação laboral em França.

O mal-estar da função pública tem tendência a agravar-se. Os sindicatos aguardam uma reunião com o ministro das Finanças na próxima semana para depois equacionarem novas medidas de pressão.

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