Presidenciais no Quirguistão, com segunda volta anunciada

Presidenciais no Quirguistão, com segunda volta anunciada
Direitos de autor 
De  Nelson Pereira
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Presidenciais no Quirguistão, uma exceção numa região onde a norma são presidentes vitalícios

PUBLICIDADE

Mais de três milhões e duzentos mil eleitores são chamados às urnas, no Quirguistão, este domingo, para escolher o chefe de Estado para os próximos seis anos. O lugar é disputado por onze candidatos, mas a campanha eleitoral foi marcada pelos ataques entre os dois favoritos das sondagens, ambos ex-primeiros-ministros desta antiga república soviética da Ásia Central.

O social-democrata Sooronbai Zheenbekov, de 58 anos, é considerado o candidato do aparelho administrativo. Renunciou à chefia do governo para concorrer às eleições e é apoiado pelo Presidente cessante, Almazbek Atambaiev, que está impedido pela constituição de concorrer a um segundo mandato. À saída do local de voto, Zheenbekov disse ter votado “pela consistência no poder, pelo desenvolvimento do nosso país, pelo futuro do nosso país.”

O seu principal rival é visto como o candidato do poder financeiro. Com 47 anos de idade, Omurbek Babanov, lídera o partido da oposição Respublika Ata yurt e é um dos homens mais ricos do país. “Estou certo da vitória”, disse Babanov, depois de votar. “Falo com as pessoas e todas as sondagens confirmam. Penso que esta noite, teremos o nome de um novo presidente e esse nome será Babanov”.

A par desta rivalidade, ambos consideraram a Rússia parceiro prioritário do país. Com uma população de seis milhões de pessoas, maioritariamente muçulmana, o Quirguistão tem no seu território uma base militar russa e tem sido aliado de Moscovo numa região onde a China e os Estados Unidos procuram consquistar influência. Durante a presidência de Atambaiev, o país procurou apoio económico da China, mantendo ao mesmo tempo a proximidade politica com a Rússia.

O escrutínio deste domingo faz do Quirguistão uma exceção na Ásia Central, onde a norma são presidentes vitalícios e autoritários.

Partilhe esta notíciaComentários