FBI norte-americano deverá liderar a investigação.
A polícia maltesa teria retirado a proteção permanente a Daphne Galizia há sete anos apesar das ameaças de morte de que era alvo.
A informação, avançada pelo jornal Malta Today , surge num momento em que prossegue a investigação ao assassínio da jornalista de investigação que tinha denunciado vários escândalos de corrupção no atual governo.
O presidente do parlamento europeu, Antonio Tajani, condenou hoje o assassínio, tendo convidado a família da jornalista, que acusou o governo de cumplicidade, a assistir à sessão plenária da próxima semana.
Daphne Caruana Galizia was killed for seeking the truth. I invited her family to the EP plenary next week to join us in paying respect
— EP President Tajani (@EP_President) October 18, 2017
Nos Estados Unidos, a porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert, evocou um “ataque cobarde”.
“Nós respondemos rapidamente ao pedido de assistência do primeiro-ministro e do governo de Malta, a polícia maltesa está em contacto com o FBI que está a fornecer assistência específica como foi pedido. Apelamos a uma investigação rápida, transparente e independente às circunstâncias por detrás da morte da Sra. Galizia.
Para lá do FBI e da polícia holandesa, a Scotland Yard britânica também se juntou à investigação às duas deflagrações, aparentemente provocadas por um explosivo de tipo militar, que vitimaram a jornalista de investigação, quando conduzia um carro de aluguer, na segunda-feira.
As equipas do FBI só deverão chegar ao terreno na quinta-feira, segundo algumas fontes, para assumir as rédeas do inquérito.
#DaphneCaruanaGalizia wreath laying in Valletta. Take your flowers to honour the journalist who was murdered in #Maltapic.twitter.com/o74ZUMzsAy
— CivilSocietyNetwork (@ActivistsMalta) October 18, 2017
Junto ao tribunal de La Valetta, as homenagens sucedem-se, quando os jornalistas malteses realizam amanhã um protesto silencioso para pedir que seja feita justiça.