O CDS assegura que esta moção de censura "dá voz à indignação de muitos portugueses que se sentem abandonados e perderam a confiança no Governo.
O CDS apresentou, esta quinta-feira uma moção de censura ao Governo de António Costa, confirmando o anúncio feito por Assunção Cristas, na terça-feira. A medida baseia-se nas falhas do Executivo e na falta de assunção de responsabilidades políticas por parte do primeiro-ministro, após os incêndios de Pedrógão Grande, que fez 64 morto, e do último fim de semana, onde morreram 43 pessoas, segundo o último balanço da Proteção Civil.
No texto apresentado, o CDS assegura que esta moção de censura “dá voz à indignação de muitos portugueses que se sentem abandonados e perderam a confiança no Governo.
Depois do consenso dos líderes parlamentares, a Assembleia da República agendou o debate da moção de censura ao Governo para a próxima terça-feira.
Nuno Magalhães, o líder parlamentar do CDS, desafiou a esquerda a avaliar “se houve ou não falhas graves” do Estado nos incêndios.
AR/Censura: “Governo falhou e voltou a falhar” na proteção da vida nos incêndios >> https://t.co/9FDbIShJ7h
— CDS PP (@_CDSPP) October 19, 2017
O chumbo parece estar garantido. Os líderes da bancada do PCP, João Oliveira, e de “Os Verdes”, Heloísa Apolónia, assumiram já o voto contra a moção e acusam os centristas de aproveitamento político.
A moção de censura surge depois da ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, ter apresentado demissão, sendo substituída por Eduardo Cabrita.