Vários mortos em violentos confrontos no sudeste da República Centro-Africana

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De  Euronews
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Faltam apenas alguns dias para a visita do secretário geral das Nações Unidas, António Guterres

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Os militares da missão das Nações Unidas na República Centro-Africana (MINUSCA) deslocaram-se a uma localidade no sudeste do país, onde os confrontos nos últimos dias fizeram pelo menos 26 vítimas, segundo a força de paz da ONU.

Os conflitos têm lugar quando faltam apenas alguns dias para a visita do secretário geral da ONU, António Guterres, à região, uma visita cujo início coincide com o Dia da ONU, proclamado em 1947, que marca a entrada em vigor da Carta das Organização das Nações Unidas.

A MINUSCA, com cerca de 12.500 homens, integra 160 militares portugueses, a maioria dos quais, comandos.

Situada entre as cidades de Alindao e Bangassou, a região é, desde maio, palco de violentos confrontos entre grupos anti-Balaka (milícias de maioria cristã) e a União para a Paz na República Centro-Africana (UPC, um grupo armado ligado aos ex-Séléka, predominantemente muçulmanos).

Segundo a Agência France Presse (AFP), o acesso à zona é complicado, quer pela má qualidade das vias de comunicação, quer pelo facto de que não existe cobertura telefónica. Apenas alguns aparelhos com serviço satélite foram ser utilizados para dar conta dos eventos desta semana.

Dia de luto em Bangui

Na capital, Bangui, os comerciantes anunciaram um dia de luto no bairro comercial conhecido como PK5, predominantemente muçulmano, em solidariedade com as vítimas.

Na sexta-feira passada, várias lojas deste bairro mantiveram-se fechadas, na zona conhecida em Bangui como o pulmão económico da capital centro-Africana.

Também na semana passada, o presidente da República, Faustin-Archange Touadéra, deslocou-se à cidade de Bangassou, com o objetivo de reafirmar a presença da autoridade do Estado na região.

No entanto, a verdade é que o Governo continua com dificuldades em controlar, de forma efetiva, grande parte do território nacional, nomeadamente no sudeste do país.

A República Centro-Africana vive uma situação de caos desde 2013, com o derrube do antigo presidente François Bozizé por uma rebelião de maioria muçulmana, designada Séléka.

O golpe suscitou uma contraofensiva dos designados anti-Balakas, uma milícia cristã, que conduziu a massacres, que provocaram a intervenção militar da França e, depois, a deslocação da MINUSCA.

Com agências

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