Cento e cinquenta obras de arte consideras como “degeneradas” pelo regime nazi e proibidas por Adolf Hitler estão em exposição, pela primeira vez, na capital suíça.
As obras de artistas da vanguarda alemã dos anos 20 e 30 fazem parte da coleção Gurlitt apreendida há 5 anos num apartamento de Munique.
As pinturas, litografias e desenhos tinham sido retiradas dos museus alemães para serem destruídas, tendo acabado por ser adquiridas pelo colecionador Hildebrand Gurlit, cujo filho, no seu testamento, tinha legado a coleção ao museu de Belas-Artes de Berna.
A diretora da instituição, Nina Zimmer, garante que nenhuma das obras expostas foi roubada, ao contrário de outras da coleção.
“Para termos a certeza absoluta apenas recuperámos um terço das obras da exposição, aquelas sobre as quais temos 100% de certeza de que não são roubadas. Estamos ainda à espera de clarificar a origem dos outros dois terços, mas não temos conhecimento de nenhuma obra roubada entre os quadros em exposição”, assegura Zimmer.
Entre as 1500 obras da coleção Gurlitt, o governo alemão tinha detetado apenas 5 quadros roubados a judeus, obras de Matisse ou de Max Liebermann, que já foram devolvidas aos proprietários.
Em paralelo, o museu de Bona, na Alemanha, inaugura esta sexta-feira outra exposição com obras da coleção Gurlitt, intitulada, “O roubo de arte Nazi e as suas consequências”.