Ex-conselheiro catalão Santi Vila paga 50 mil euros e deixa a prisão

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O antigo membro do Executivo catlão foi o único a ter direito a fiança depois de ser ouvido na Audiência Nacional pela juíza Carmen Lamela.

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O ex-conselheiro do governo da Catalunha, Santi Vila, deixou esta sexta-feira a prisão de Estremera, depois de pagar os 50 mil euros de fiança estipulados pela juíza Carmen Lamela no processo da declaração unilateral de independência da região.

Após ter passado a noite na cadeia, tal como os oito colegas de governo a quem foi aplicada na quinta-feira a medida de prisão preventiva, Santi Vila lamentou a situação e apelou ao bom senso e ao diálogo entre as partes.

“Penso que foram tomadas medidas desproporcionadas. Confiamos que, no final, todos estejamos verdadeiramente comprometidos em acabar com esta situação, que acredito que nenhum democrata no mundo compreende”, afirmou aos jornalistas o ex-governante que se demitiu horas antes da declaração unilateral de independência proclamada pelo presidente destituído do governo, Carles Puigdemont.

A mesma sorte não tiveram Jordi Sànchez e Jordi Cuixart, os líderes independentistas das organizações Assembleia Nacional Catalã e Omnium Cultural. A Audiência Nacional recursou os recursos dos dois dirigentes, que vão assim continuar na prisão Soto del Real, em Madrid, onde estão detidos desde 16 de outubro.

Entretanto, o governo espanhol reafirmou hoje a realização das eleições na Catalunha a 21 de dezembro, assegurando que estas terão um caráter oficial e que todos os catalães em condições de votar receberão um cartão de recenseamento.

#CMin Referencia del Consejo de Ministros con medidas sobre elecciones en #Cataluña, al amparo del artículo 155: https://t.co/6lsCrP4a7tpic.twitter.com/w6fCIQTUed

— La Moncloa (@desdelamoncloa) 3 novembre 2017

Apesar da aplicação do artigo 155, que suspendeu a autonomia administrativa da região, o parlamento catalão tenta retomar a normalidade e esta sexta-feira a presidente Carme Forcadell regressou à Assembleia. Alvo de uma receção emocionada, Carme Forcadell terá no entanto de voltar a comparecer na Audiência Nacional no dia 9, com mais cinco colegas, para responder às acusações de sedição, desvio de fundos e rebelião.

Orgullosa de presidir el #Parlament del nostre país, orgullosa dels seus treballadors. Gràcies per la vostra feina i el vostre escalf. https://t.co/uFKQ8SwOIV

— Carme Forcadell (@ForcadellCarme) 3 novembre 2017

Já nas ruas de Barcelona cresce a indignação contra a prisão preventiva de oito conselheiros do antigo executivo. Os estudantes saíram à rua para gritar pela democracia e pela libertação do que dizem ser “presos políticos”. Recorde-se que esta quinta-feira a juíza Carmen Lamela decretou a prisão preventiva de oito ex-conselheiros do governo catalão.

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