Aulas na rua contra falta de segurança depois do sismo de Puebla

Aulas na rua contra falta de segurança depois do sismo de Puebla
De  Antonio Oliveira E Silva
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Pais e educadores dizem que Governo mexicano pouco ou nada fez dois meses depois do sismo e que escolas não têm segurança.

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Passaram cerca de dois meses do tremor de terra de magnitude 7.1 na escala de Richter que deixou mais de 350 mortos no México.

Os trabalhos de recuperação continuam, mas, o regresso à vida normal não tem sido fácil para muitos, com infraestruturas destruídas em vários estados do país latino-americano.

Um regresso à normalidade complicado também para milhares de alunos em varios estados mexicanos, como Puebla, Guerrero ou Morelos, mas também na capital, a Cidade do México.

Muitos educadores e pais de alunos dizem que as escolas não oferecem as condições básicas de segurança, já que as estruturas das instituições foram fortemente abaladas pelo sismo.

A verdade é que se algumas escolas foram demolidas pelas autoridades, outras foram apenas pintadas e limpas, o que, para muitos pais, não é suficiente. Por issso, várias escolas decidiram que as aulas deveriam ser dadas na rua, como forma de protesto contra a falta de segurança.

Aulas na rua como forma de protesto

Os alunos foram assim convidados a participar nas atividades escolares, mas na rua. Uma iniciativa que atraiu curiosos e até os pais, mas também jornalistas da capital mexicana.

Alícia Luna é mãe de uma jovem aluna do ensino básico na capital mexicana. Explicou à agência Reuters que pouco ou nada foi feito depois do sismo e que teme pela segurança da filha:

“Eles vieram e limparam tudo, maquilharam a escola, pintaram tudo e disseram que está tudo bem e que já podemos voltar paras as aulas,” disse Luna.

“Mas não nos deram quaisquer garantias. Nem nos deram nenhum documento que prove que assumem a responsabilidade caso algo aconteça aos nossos filhos.”

Para Francisco Morales, professor de uma escola pública do distrito de Iztapalapa, na Cidade do México, são necessários fundos da parte do Governo:

“Precisamos de recursos públicos para que estas escolas abram o mais depressa possível. Devem ser reconstruídas para que sejam seguras. Afinal de contas, é tudo o que muitos dos estudantes têm” disse.

Necessidade de investimento e de recuperação de edifícios

“Os pais devem sentir-se em segurança e que as escolas são um local com vigilância. Como professores, queremos voltar e trabalhar com os nossos estudantes”, continuou.

Os professores mexicanos pediram ao Governo que invista nas instituições de educação, que dê início a verdadeiros trabalhos de recuperação e que marque uma data para o início do ano escolar – ou, neste caso, para o regresso ao ano escolar.

Cerca de 350 pessoas morreram no tremor de terra do passado dia 19 de setembro. Várias infraestruturas, tanto na capital, como em estados vizinhos, ficaram parcial ou totalmente destruídas.

Com Reuters

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