Malta não é um paraíso fiscal

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Quem o diz é o Primeiro-ministro maltês em entrevista à euronews.

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À margem da segunda cimeira União Europeia – Mundo Árabe a euronews entrevistou o Primeiro-ministro de Malta. Sobre os Paradise Papers, e a menção de Malta como paraíso fiscal, Joseph Muscat não tem dúvidas:

Joseph Muscat: Rejeito, totalmente, a ideia de que Malta tem algum tipo de leis permissivas. Talvez sejamos bem-sucedidos pelo simples facto de queremos fazer negócios e irmos à procura deles. Vamos à procura do que queremos.

Euronews: Mas Malta é mencionada nos Paradise Papers…

Joseph Muscat – Bem, foi falada porque há algumas empresas que estão abertas em Malta, o que não é segredo, em termos da nossa jurisdição, as empresas podem sediar-se aqui, mas que têm investimentos noutros lugares. Estamos a fazer a nossa parte, porque não há segredos e os jornalistas estão a dizer que estamos a ser acusados talvez de ser muito atrativos, uma acusação que pode recair sobre outras jurisdições europeias, mas não somos, definitivamente, um paraíso fiscal.

Euronews: Portanto há fumo mas não há fogo…

Joseph Muscat: Não, penso que nem sequer há fumo.

Sobre Daphne Caruana Galizia, jornalista ligada à investigação dos Panamá Papers, assassinada em outubro, uma das maiores críticas do governo e que trouxe a lume acusações, e entre outras coisas, de má gestão das verbas públicas, o chefe do executivo maltês prefere falar daquilo que está a ser feito:

Joseph Muscat: É uma questão de princípio, não de querer publicidade gratuita. Para nós é intolerável que uma pessoa seja assassinada no nosso país. Disponibilizámos todos os recursos possíveis para a investigação, para garantir que se vai ao fundo da questão.

Euronews: Já há resultados?

Joseph Muscat: Se eu falasse dos resultados, do progresso que se está a alcançar, estaria a prejudicar a investigação. Fazê-lo cabe aos investigadores… Eu sou a pessoa que quer que a questão seja resolvida rapidamente, porque há acusações, totalmente infundadas, e eu afirmei que estou tão seguro disso, de que não há quaisquer provas de que seja verdade, que me demitiria se as acusações ficassem provadas. E mantenho a minha palavra.

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