Nações Unidas apelam ao fim do bloqueio saudita ao Iémen

Nações Unidas apelam ao fim do bloqueio saudita ao Iémen
Direitos de autor 
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Riade diz que situação de catástrofe humanitária é da responsabilidade dos rebeldes hutis.

PUBLICIDADE

Os responsáveis de três agências da ONU alertaram que “milhares de vítimas inocentes” vão morrer no Iémen se continuar o bloqueio imposto pela coligação dirigida pela Arábia Saudita.

“Milhares de vítimas inocentes, entre as quais numerosas crianças, vão morrer” se não puderem ter acesso a ajuda humanitária, escrevem os responsáveis da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e do Programa Alimentar Mundial (PAM), num comunicado.

Adiantam que “os provimentos, que incluem medicamentos, vacinas e alimentos, são essenciais para combater a doença e a fome”.

Time is running out.

The lives of millions of children and families in #Yemen are at risk. pic.twitter.com/eJaZCS0xSt

— UNICEF (@UNICEF) 16 novembre 2017

“Mais de 20 milhões de pessoas, entre as quais 11 milhões de crianças, precisam urgentemente de ajuda humanitária”, indicam as agências, que sublinham que “perto de 400.000 crianças” podem morrer devido a “desnutrição aguda severa”.

Novos casos de difteria

As três agências registam já “consequências humanitárias do bloqueio”: 120 casos de difteria foram diagnosticados, provocando “14 mortes”, principalmente de crianças, nas últimas semanas, enquanto vacinas e medicamentos estão bloqueados nas fronteiras do Iémen. A epidemia de cólera está em declínio, mas “se o embargo não for levantado, a cólera voltará”, sublinha o comunicado.

Arábia Saudita acusa Irão de apoiar os rebeldes

Após o disparo de um míssil no início de novembro pelos rebeldes iemenitas intercetado sobre a capital saudita, a coligação acusou o Irão de fornecer aquele tipo de míssil aos Huthis e reforçou o bloqueio marítimo, aéreo e terrestre ao país.

A coligação, que apoia o governo iemenita na guerra contra os rebeldes, iniciada há dois anos e meio, decidiu na segunda-feira reabrir em parte os portos aos carregamentos humanitários, o que foi considerado insuficiente pela ONU e organizações não-governamentais.

#UN leaders appeal for lifting of blockade of #Yemen to allow in vital supplies of medicine and food for those trapped in “worst humanitarian crisis in the world” https://t.co/xc3ioHuJVopic.twitter.com/9BW1loF0Oh

— WFP Media (@WFP_Media) 16 novembre 2017

“Todos os portos do país, incluindo aqueles nas zonas controladas pela oposição, deveriam ser reabertos sem demora. É a única forma de os navios da ONU poderem entregar a ajuda humanitária que a população precisa para sobreviver”, disseram as três agências. Segundo a ONU, o conflito no Iémen já causou mais de 8.650 mortos e cerca de 58.600 feridos, entre os quais numerosos civis.

Com Lusa

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

EUA e Reino Unido atacam alvos Houthi no Iémen depois de um navio ter sido atingido no Mar Vermelho

EUA avisam que não vão parar ataques contra militantes apoiados pelo Irão no Iraque e na Síria

Tripulação apaga incêndio em petroleiro atingido por míssil Houthi ao largo do Iémen