Estado moçambicano prevê arrecadar mais de 300 milhões de euros com a tributação da transação.
A entrada da petrolífera norte-americana Exxon Mobil na exploração de gás natural em Moçambique foi oficializada pela ministra Recursos Minerais e Energia, Letícia Klemens.
A participação da empresa “não é um fim em si”, mas antes um passo que “vai permitir usar a grande competência técnica” e tirar partido da “robustez financeira da Exxon Mobil” no projeto, referiu a ministra, numa cerimónia realizada em Maputo, na terça-feira, que juntou todos os participantes no consórcio da Área 4 da Bacia do Rovuma.
A operação vai movimentar habitantes na província de Cabo Delgado, extremo norte de Moçambique, ao largo da qual estão a nascer os primeiros megaprojetos de gás natural, com início de operação previsto para daqui a cinco anos.
Estado prevê mais de 300 ME em impostos
O Estado moçambicano prevê arrecadar mais de 300 milhões de euros com a tributação de mais-valias da transação.
O negócio concluído foi anunciado em março e altera a composição da Eni East Africa, detida a 28,6% pela chinesa CNPC e a 71,4% pela italiana ENI que entregou metade (37,5%) à Exxon Mobil por 2,8 mil milhões de dólares.
Por sua vez, a Eni East Africa detém 70% do consórcio da Área 4, cabendo o restante em partes iguais à Galp, Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) de Moçambique e a sul-coreana Kogas.
Desta forma, os interesses participativos neste projeto de gás natural passam a ser de 25% para a Eni, 25% para a ExxonMobil, 20% para a chinesa CNPC, enquanto Galp, ENH e Kogas mantêm as quotas de 10% cada.