"Dog Parker", a casota para cães proibidos de ir às compras

Um "quarto" para acomodar até pastores alemães e com ar condicionado
Um "quarto" para acomodar até pastores alemães e com ar condicionado Direitos de autor Facebook/ Dog Parker
De  Francisco Marques
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Um casal nova-iorquino desenvolveu um género de "pensão" ao minuto para "patudos" com o objetivo de poder levar o "fiel amigo" a lojas onde não aceitam animais no interior

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Há uma nova alternativa para os mais fiéis amigos do homem esperarem pelos parceiros com quem vivem quando vão juntos a um local que não aceita a entrada de "patudos".

A "Dog Parker" é uma cabine desenvolvida pelo casal norte-americano, Chelsea Brownridge e Todd Schechter (foto ao lado).

A "start up" homónima nasceu em 2015 inspirada por "Winston", um terrier cruzado resgatado por Chelsea quando a empresária ainda se dividia entre os estudos universitários e a "Ignite Good", outra empresa cofundada com Todd e dedicada a investir em jovens empreendedores.

A "Dog Parker" foi pensada para melhorar a experiência de viver com um cão e usufruir ao máximo dessa experiência. Permite aos humanos que convivem com cães poderem frequentar estabelecimentos comerciais que não aceitam animais no interior e às lojas não perder clientes devido a essa mesma proibição.

Para já este "quarto" para cachorros está disponível apenas em Brooklyn, Nova Iorque. Existem 45 a funcionar e o plano da "Dog Parker" é expandir o conceito para Manhattan ainda este ano e para outras cidades durante 2018.

A internacionalização é possível. Há cerca de um mês, a "Dog Parker" esteve em Barcelona, Espanha, a promover-se na oitava edição do congresso para "cidades inteligentes" da Smart City Expo.

Destacada pela revista Forbes

Chelsea Brownridge foi incluída, entretanto, pela revista Forbes num grupo de seis membros do Conselho de Empresários de Nova Iorque que vale a pena conhecer.

À revista, Chelsea explicou que "um dia em particular quando 'Winston' poderia ter passado" com ela "todo o dia exceto durante uma paragem de 20 minutos onde não permitiam a entrada de cães". "Ele teve de ficar em casa todo o dia", lamentou a empreendedora.

A primeira "Dog Parker" foi construída numa garagem. "Na altura estava ainda a trabalhar a tempo completo e esta era uma atividade paralela", recordou atambém cofundadora da "Ignite Good".

A Forbes acrescente que "felizmente a ideia teve (quatro) pernas para andar", o casal começou a ganhar algumas competições e a receber financiamentos.

"Nova Iorque está a tornar-se cada vez mais uma rival de Silicon Valley em termos de infraestruturas para 'start up's'. Podemos encontrar aqui os recursos para colocar uma ideia a andar. Além disso, existem mais cães que crianças a viver em Nova Iorque e não existe cidade mais amiga de caminhadas que esta. Concretizar este conceito aqui, na nossa cidade, fez todo o sentido", concretizou.

Aplicação digital disponível

A utilização destas cabines tem extensão digital através de uma aplicação para "smartphone" (Android e iOS) que mantém o contacto permanente do "patudo" com o respetivo humano.

A aplicação não é contudo imperativa, explica a empresa. Os utilizadores podem inscrever-se na página oficial da "Dog Parkers" na internet e depois recebem um cartão físico de membro da "família", que permite desbloquear as cabines para utilização.

A aplicação permite acesso facilitado à rede de cabines existente, o aluguer de uma com 15 minutos de antecedência e informação sobre a temperatura interior do "quarto" em tempo real além da "web cam" que permite ao utilizador contacto visual permanente com o "fiel amigo".

A "Dog Parker" estabeleceu um período máximo de utilização em 90 minutos, para conforto dos canídeos, e a média de utilização tem sido de um quarto de hora, refere a empresa.

As cabines são revestidas a alumínio, dispõem de ar condicionado, ventilação, uma janela com vidros fumados para garantir privacidade e uma tigela de água posicionada no exterior.

Têm ainda um serviço de manutenção disponível por 24 horas e uma equipa que limpa as cabines manualmente todos os dias. Todos os "patudos" hospedados são monitorizados.

A adesão custa, para já, 25 dólares (pouco mais de 20 euros) anuais, a que se soma a utilização, paga ao minuto. 

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