A música como fator de integração para as crianças num campo de refugiados em Lesbos

A música como fator de integração para as crianças num campo de refugiados em Lesbos
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De  Apostolos Staikos
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A Euronews conversou com professores da ONG Ligados Pela Música. Falam na existência de uma comunicação que não precisa de línguas.

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A ilha grega de Lesbos marcou a atualidade este ano por causa dos campos de migrantes e refugiados. Em Moria, por exemplo, cerca de seis mil pessoas vivem num local preparado para acolher pouco mais de duas mil.

Mas, no campo de Kara Tepe, as coisas são diferentes. Há melhores condições de vida, mesmo para as crianças.

Joga-se à bola e aprende-se música. Uma atividade fundamental na adaptação das crianças e na superação de traumas. A Organização Não Governamental Connect By Music (Ligados Pela Música), com sede na cidade de Amsterdão, tem vindo a desenvolver projetos para integrar as crianças através da aprendizagem de um instrumento musical.

Annia Mantourani é professora de guitarra. Explicou à Euronews que aprecia, acima de tudo, a gratidão das crianças:

"Temos um sentimento de satisfação muito verdadeiro com eles", disse.

"Demonstram realmente que gostam muito de nós. Que nos aceitam. São muito calorosos. E recebem-nos de braços abertos e abraçam-nos mesmo, dão-nos presentes, um beijo ou uma flor".

Na sala ao lado, Kostas ensina às crianças como tocar um instrumento de percussão. Como falam línguas diferentes, o ritmo é a ferramenta de comunicação. Nada que os impeça de se divertirem, diz o professor:

"A música é universal. É a nossa língua comum", explicou à Euronews.

"Tem o poder de nos unir e não liga ao sítio de onde vimos. Sejamos do Iraque ou do Afeganistão, Ásia ou África. Aqui, somos todos iguais e somos amigos. Somos Humanos".

Alguns dos alunos, ao deixaram a ilha de Lesbos, poderão partir com o seu intrumento musical preferido, graças à ONG.

As crianças têm entre dois a 15 anos. Aprendem piano, instrumentos de percussão e guitarra. Os professores dizem que lidam com grandes talentos. Graças ao projeto, as crianças são muito mais do que migrantes ou refugiados.

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