Operação foi possível depois de complexas negociações, que envolveram o presidente russo, Vladimir Putin.
Chegaram ao aeroporto de Kiev, quarta-feira, dezenas de prisioneiros, militares e civis, depois de acordada uma troca de detidos, entre a Ucrânia e os rebeldes separatistas pró-russos.
Foram recebidos por centenas de pessoas, à medida que as imagens eram transmitidas pelas principais televisões ucranianas.
Alguns passaram quase três anos em cativeiro.
Horas antes, os rebeldes e o Governo ucraniano tinham levado a cabo a troca de mais de 300 prisioneiros, numa das mais importantes operações do género durante quase quatro anos de conflito.
O intercâmbio tem lugar antes das celebrações de ano novo e do Natal Ortodoxo, celebrado a sete de janeiro, é uma das raras ocasiões em que são seguidos os acordos de paz, assinados em fevereiro de 2015.
Um conflito com milhares de mortos
Se a intensidade dos combates tem vindo a reduzir-se, a verdade é que falta ainda encontrar um compromisso político para um conflito que já fez mais de 10 mil mortos.
A operação foi possível depois de complexas negociações, que implicaram o presidente da Federação Russa, Vladimir Putin. De acordo com a Agência France Presse, 73 prisioneiros ucranianos foram trocados por 233 rebeldes, detidos por Kiev.
É o primeiro intercâmbio de prisioneiros em 15 meses e o segundo mais importante desde o início do conflito. A operação foi saudada pela chanceler alemã, Angela Merkel, e pelo presidente francês, Emmanuel Macron, que apelaram a um progresso nas conversações para a paz.
A libertação de prisioneiros é um dos pontos fundamentais dos acordos de paz de Minsk, de fevereiro de 2015, processo que contou com a mediação de Paris e Berlim.
Espera-se que, numa próxima etapa, cerca de 30 prisioneiros em mãos dos separatistas pró-russos sejam libertados. Em troca, as autoridades ucranianas deixarão livres mais de 70 pessoas. A informação é avançada pela AFP, que cita um representante de Kiev nas negociações.