Barão da droga preso no Paraguai é extraditado para cadeia no Brasil

Jarvis Pavão foi repatriado entre fortes medidas de segurança
Jarvis Pavão foi repatriado entre fortes medidas de segurança Direitos de autor REUTERS/Jorge Adorno
De  Francisco Marques com Associated Press
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Jarvis Pavão, de 49 anos, tinha uma vida de luxo na prisão em Assunção, onde cumpria pena, e foi agora instalado no presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte

PUBLICIDADE

Jarvis Pavão, de 49 anos e um dos maiores barões da droga brasileiros, foi extraditado esta quinta-feira do Paraguai para o Brasil.

"O Senhor das Drogas", como era conhecido, controlava há anos o tráfico de droga, em especial cocaína, na fronteira entre o Paraguai e o Brasil, e é também suspeito de abastecer os gangues do Rio de Janeiro com armamento.

Foi detido em 2010 pelas autoridades paraguais por tráfico e evasão fiscal, mas estaria a usufruir de uma vida de luxo na prisão onde foi encarcerado em Assunção.

Desde a detenção que o Brasil pedia a extradição de Pavão, que mantinha na prisão paraguaia o poder e o controlo do tráfico de droga na região.

Fotografias da cela do traficante vindas a público revelam inclusive uma sala de reunião com móveis de qualidade onde recebia as visitas na prisão, uma sala de estar com um sofá de almofadas brancas e até uma cozinha equipada.

Suspeito de ter financiado o assassinato do rival brasileiro Jorge Rafat, em 2016, no paraguai, as autoridades paraguaiais receavam uma eventual tentativa do cartel de Pavão para o tentar libertar durante a extradição e por isso montaram uma operação de alta segurança para repatriar o detido.

Pavão foi transportado de helicóptero de Assunção para Luque e aí, escoltado por agentes brasileiros e da Interpol, embarcou num avião da Polícia Federal (PF) brasileira.

Aquele que é considerado como o último grande barão da droga da fronteira do Brasil com o Paraguai foi levado para o presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, onde já cumprem pena outros dois traficantes de peso, Fernandinho Beira-Mar e Marcinho VP.

A PF estará agora a tentar prevenir uma eventual disputa entre os rivais pelo domínio do tráfico.

“Ele tem poder e não é só um poder económico muito forte, mas uma estrutura que o apoia muito fora da cadeia. Isso significa que, estando ele no Brasil, nós temos de ter o maior cuidado de o isolar o máximo possível e tentar tirar-lhe o poder de articulação que esses líderes conseguem manter mesmo presos", afirmou o superintendente da PF de Mato Grosso do Sul, Ricardo Cubas, citado pelo jornal Globo.

Editor de vídeo • Francisco Marques

Outras fontes • Globo

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Exército mexicano invade Acapulco para substituir polícia local

Barbieri, 'o senhor das armas', acusado de tráfico nos EUA

Penas pesadas para participantes em motins pró-Bolsonaro em Brasília