Tribunal Constitucional moldavo suspende poderes do presidente Igor Dodon

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De  Antonio Oliveira E Silva com REUTERS
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A medida é temporária. Presidente rejeita decisão, que considera "politicamente motivada".

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O presidente da Moldávia, Igor Dodon, criticou a decisão do Tribunal Constitucional de suspender os seus direitos, ainda que de forma temporária.

Igor Dodon, tido como pró-russo, mantém um braço de ferro com o Governo de Chisinau, descrito como pró-Ocidente, por desacordos relacionados com nomeações para vários ministérios.

"O Tribunal confirmou, mais uma vez, a veracidade da sua imagem de instrumento político obediente e não de um elemento constitucional", escreveu o presidente moldavo.

"É algo vergonhoso e lamentável e uma descida de nível para um Estado que se diz democrático", colocou na rede social Facebook.

"Quanto à minha posição, decidi não ceder. É melhor assim do que passar anos a explicar por este ou aquele ministro com problemas foi designado para um cargo."

Recusa em aceitar nomeações para o Governo

Igor Dodon vetou anteriormente as escolhas do Executivo moldavo, numa série de renovações ministeriais, tendo acusado alguns dos nomeados pelo Governo de "incompetência," e outros de ligações a um caso de desvio de fundos do sistema bancário nacional - um escândalo que envolve quase mil milhões de euros.

O presidente confirmou, em várias ocasiões, a recusa em nomear cinco ministros e dois vice-ministros, propostos pelo primeiro-ministro Pavel Filip.

A coligação no Governo apelou então ao Tribunal Constitucional moldavo, que acedeu a suspender os poderes do presidente.

O presidente Dodon é apoiado por Moscovo e assume frequentemente posições que o deixam em rota de colisão com o Executivo, como aconteceu no ano passado, durante um período de tensões entre a Rússia e a Moldávia.

Antiga república soviética com regime parlamentar, a Moldávia vive dividida, política e socialmente, entre os que se sentem próximos da Rússia, que votaram em Igor Dodon, nas presidenciais de 2016, e os que desejam uma aproximação à União Europeia, representados pelo atual Executivo.

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