A Coreia do Norte concretizou uma reaproximação à Coreia do Sul com uma visita antes dos Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang. Numa declaração conjunta, os representantes de cada uma das Coreias assumiram a vontade de atenuar as tensões entre os dois países.
Pyongyang vai enviar uma equipa desportiva aos jogos olímpicos e não é tudo.
Em contraste com a tensão dos últimos testes nucleares da Coreia do Norte e com os vitupérios e ameaças de guerra entre Kim Jong-un e Donald Trump, o ambiente da primeira reunião de alto nível entre Pyongyang e Seul desde 2015 soou invulgarmente descontraído.
O ministro sul-coreano pediu também a reunião de famílias separadas pela guerra, mas para já, aquilo que Chun Hae-Sung, o ministro adjunto sul-coreano para a reunificação, ouviu foi a garantia de uma presença reforçada nos Jogos de Inverno :
"A Coreia do Norte disse que vai enviar uma delegação de representantes de alto nível, membros do Comité Olímpico Nacional, atletas, claques de apoio, artistas, público, equipa de demonstração de Taekwondo e jornalistas para os jogos olímpicos de inverno de Pyeongchang."
A separação de famílias entre os dois territórios é das heranças mais pesadas da Guerra da Coreia, que durou de 1950 a 53 e o pedido do ministro adjunto sul-coreano para a reunificação, a ser acedido, traria outro ímpeto à celebração do Novo Ano Lunar.
O encontro deu-se na Casa da Paz em Panmunjom, na zona desmilitarizada que divide a península e onde há cerca de dois meses um desertor norte-coreano foi baleado.
Resta agora apurar o tamanho da delegação enviada pela Coreia do Norte, que será custeada pela Coreia do Sul.
Os Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang decorrerão de 16 a 25 de fevereiro.