Emmanuel Macron declarou querer equilibrar a balança comercial entre França e China, abrindo a França ao investimento chinês e apelando à abertura para as empresas francesas do gigantesco mercado asiático.
Ao segundo dos 3 dias de visita oficial à China, Emmanuel Macron fala de números, porque são eles que pesam na balança comercial. Uma França aberta ao investimento chinês em troca de acesso ao gigantesco mercado de Pequim é a proposta de equilíbrio:
"A França importa 45 mil milhões da China, mas só exporta 15 mil milhões, portanto o acesso aos mercados é díspar, insatisfatório. Se não lidarmos com isto responsavelmente a primeira e natural reação, a que tivemos por tanto tempo, vai ser uma retração de ambos os lados. (...) Vamos ambos abrir uma agenda positiva, onde há maior acesso para as nossas corporações, pequenas e médias empresas, grandes grupos comerciais em alguns sectores onde esta abertura é oferecida na China. E vamos criar mais espaço para investimento em França."
Mais espaço em França e numa União Europeia onde a liderança alemã está mergulhada em política interna e de onde vai sair o Reino Unido, tradicional aliado comercial da China na resistência às directivas anti-dumping que dela emanam.
A liderança francesa na incursão à China de Xi Jinping resultou na assinatura de um protocolo de acordo comercial com o grupo francês New Areva para a construção de uma fábrica de tratamento de resíduos radioativos. As negociações duravam há dez anos, o acordo tem o valor de dez mil milhões de euros.
Foram ainda assinados outros acordos de volume comercial inferior