Numa manifestação em Budapeste, o governo húngaro foi acusado pelos estudantes de má gestão do setor educativo
Milhares de alunos do ensino secundário e universitário protestaram na sexta-feira diante do parlamento, em Budapeste, para exigir a reforma do sistema educativo.
Os manifestantes criticaram um sistema que consideram incapaz de os preparar para uma vida profissional no século XXI e responsabilizaram o governo de Viktor Orban pela fuga de cérebros que origina.
"Nós, os estudantes, estamos fartos da opressão e total falta de profissionalismo, que determinam a nossa vida quotidiana. Esta enorme pressão é simplesmente sintoma de um sistema educacional desatualizado", disse Krisztian Kormos, porta-voz do parlamento estudantil.
A manifestação atraíu não apenas estudantes. Houve quem aproveitasse a ocasião para acusar o governo de má gestão, não apenas do setor educativo mas também do sistema de saúde.
"O sistema educativo é tão mau quanto o sistema de saúde. O governo desperdiça o dinheiro público em coisas desnecessárias em vez de o aplicar em setores importantes para o desenvolvimento do país", disse uma mulher reformada.
Apesar das críticas, Viktor Orban não parece ter razões para recear os resultados das legislativas em abril: uma sondagem publicada em dezembro dava ao partido do governo 33 % das intenções de voto, confortavelmente à frente da oposição.