Centenas de 'chefs' encheram a Catedral de Saint-Jean, em Lyon, para a cerimónia fúnebre do 'Papa da gastronomia'.
Emoção e tristeza marcaram o último adeus ao 'chef' Paul Bocuse. O branco das fardas de centenas de 'chefs' amigos e admiradores coloriu o funeral do lendário cozinheiro francês, em Lyon.
Considerado o 'Papa da gastronomia', Bocuse faleceu no último sábado, aos 91 anos, no seu restaurante L'Auberge du Pont de Collonges, consagrado com três estrelas Michelin desde 1965.
Na cerimónia desta sexta-feira, um dos elogios fúnebres coube ao amigo e 'chef' Marc Haeberlin, que confessou ter perdido uma figura marcante na sua vida. "Senhor Paul, o mundo da culinária está hoje órfão. Perdemos o nosso mestre, o nosso mentor, o nosso guia. Perdi alguém que era como um pai. Adeus, Senhor Paul. A culinária deve-lhe tudo. Que seja bem-vindo no banquete celestial. E como dizia com tanta frequência, bom apetite e grande sede! Adeus, senhor Paul!"
A catedral de Saint-Jean foi pequena e muitos ficaram a acompanhar a cerimónia no exterior da igreja. No interior, a família e a elite da gastronomia francesa, entre os quais os chefs Joel Robuchon e Alain Ducasse, expressaram o seu pesar.
Numa entrevista póstuma publicada pela revista Le Point, confessou que não se assustava com a morte e que iria "viver até aos 100 anos", apesar de lutar há vários anos contra a Doença de Parkinson.
Paul Bocuse será enterrado no jazigo da família no cemitério de Collonges, a terra natal do 'Papa da gastronomia'.