Polónia responde às críticas de Israel

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De  Nelson Pereira
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Varsóvia recorda que os dois países assinaram uma declaração que condena o uso da expressão "campos de concentração polacos"

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As comemorações do 73º aniversário da libertação do campo de concentração de Auschwitz decorrem com polémica em pano de fundo.

Políticos e média israelitas criticam o projeto de lei aprovado na sexta-feira pelo parlamento da Polónia, que proíbe qualquer responsabilização do estado polaco pelos crimes cometidos pela Alemanha nazi durante a II Guerra Mundial e, em particular, o uso de frases como "campos da concentração polacos".

Depois de apelar durante anos aos média estrangeiros para que, nas referências aos campos de concentração indicassem sem ambiguidades que a instalação da maior parte deles em território polaco foi uma decisão da Alemanha nazi durante a ocupação da Polónia, quando não existia um governo polaco, os legisladores polacos optaram por um projeto que criminaliza a negação dos factos históricos.

Face às críticas do governo de Israel, o primeiro ministro polaco Mateusz Morawiecki recordou que a Polónia e Israel assinaram em 2016 uma declaração comum que condena qualquer tentativa de negação da história das nações judaica e polaca através da diminuição do número de judeus mortos durante o Holocausto ou do uso de expressões como "campos de concentração polacos".

O vice-ministro da Justiça polaco, Patryk Jaki, publicou no Twitter o artigo da lei alvo de críticas, assinalando que este evoca os quatro crimes internacionais tipificados no Acordo de Londres de 1945, que define o estatuto do Tribunal Internacional de Nuremberga.  Jaki escreve que não entende a "histeria dos média israelitas", acrescentando que, se a lei de Israel penaliza expressões semelhantes, "porque não pode a Polónia fazer o mesmo?".

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