Aplicação de corrida está a revelar bases militares em zonas sensíveis

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De  Francisco Marques
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A notícia foi avançada pelo jornal The Guardian e tem por base o mapa de calor melhorado incluído na aplicação utilizada por militares sem que a privacidade seja filtrada

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A aplicação de corrida desenvolvida pela Strava para telemóveis está a revelar-se um instrumento perigos contra bases militares e outras infraestruturas localizadas em zonas sensíveis do planeta.

A aplicação pretende criar uma rede social de atletas e a nova versão inclui um mapa de calor melhorado, que junta imagens aos percursos efetuados e as partilha entre os vários utilizadores para sublinhar os trilhos de corrida mais frequentados e a atividade de cada um.

Por defeito, a privacidade da aplicação é reduzida. Se for utilizada por militares sem quaisquer limitações da privacidade, o GPS da Strava poderá revelar os percursos e as bases onde estes estão instalados.

Em locais remotos, como no Afeganistão, a aplicação pode inclusive revelar, por exemplo, as bases das forças militares americanas.

O jornal The Guardian, que avançou com a notícia, adianta também ser possível identificar um percurso muito utilizado em Pyongyang e até o complexo diplomático no bairro de Munsu-Dong, onde se situam as embaixadas britânica, alemã e polaca na capital da Coreia do Norte.

A Strava rebate as críticas e alega que o mapa de calor apenas revela o que for público, cabendo aos utilizadores definirem privacidade da atividade ou das zonas onde utilizam a aplicação.

A euronews falou com Ewan Lawson, especialista britânico em serviços de defesa e segurança, que admite tratar-se de "um assunto sério, mas que talvez não coloque mais vidas em perigo agora do que já havia antes."

"Isto é apenas mais informação, talvez confirmação de informações. Este género de localizações estão disponíveis em imagens de satélites comerciais e quem tiver interesse em conhecer estas localizações já tinha sabia disso antes. O que a Strava agora faz é simplesmente juntar a essa localização uma imagem", referiu Ewan Lawson, do Instituto Royal United Services.

Outras fontes • The Guardian, Paul Hackett

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