Trump autoriza divulgação de relatório que abre 'guerra' com o FBI

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O presidente dos Estados Unidos considera que a polícia federal norte-americana não foi imparcial e agiu de forma incorreta na investigação às supostas ligações à Rússia.

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Donald Trump e o FBI estão em rota de colisão. O presidente dos Estados Unidos da América autorizou a divulgação de um memorando feito pelos republicanos da Comissão de Serviços Secretos da Câmara dos Representantes, liderada por Devin Nunes, que coloca em causa a imparcialidade e o uso dos poderes da polícia federal norte-americana.

Na origem desta polémica está a investigação às supostas ligações entre a campanha de Trump e a Rússia, conduzida pelo procurador Robert Mueller e sob a coordenação do procurador-geral adjunto, Rod Rosenstein.

Apesar da polémica instalada em torno da divulgação do documento, o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Paul Ryan, já veio garantir que não se trata de um ataque ao FBI ou ao setor da justiça.

"O que isto não é é uma acusação sobre as nossas instituições, sobre o nosso sistema de justiça. Este memorando não é uma acusação ao FBI, ou ao Departamento de Justiça. Não impugna a investigação Muller ou o procurador-geral adjunto", frisou.

O Partido Democrata e o FBI já contestaram a divulgação do documento, por considerarem que manipula a informação e que visa descredibilizar a investigação, uma acusação que os republicanos recusam, embora não seja uma decisão consensual no próprio partido.

Paralelamente, a líder da minoria democrata na Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, apela à saída de Devin Nunes da tutela da Comissão de Serviços Secretos.

"Eles vão divulgar um relatório falso, mas que alude a certos factos que são prejudiciais. E é por isso que o Departamento de Justiça e o FBI disseram que isso é perigoso, imprudente e não deve ser feito", explicou, deixando também no Twitter diversas publicações sobre o caso.

Donald Trump decidiu avançar com a divulgação do memorando para mostrar que os agentes do FBI foram tendenciosos e incorretos nas diligências realizadas sobre elementos da sua campanha presidencial.

Com a atual escalada mediática do caso, vários analistas defendem que o líder dos Estados Unidos quer essencialmente expor a existência de motivações políticas neste processo.

O braço de ferro entre Trump e o FBI está assim para continuar.

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