Coligação alemã com parto difícil

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De  Nelson Pereira
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Conservadores e sociais-democratas alemães à procura de um acordo de coligação. Merkel e Schulz no mercado das concessões, com as bases partidárias a pedir contas

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Conservadores e sociais-democratas alemães em contra-relógio, à procura de um acordo de coligação que tire do impasse político o país, quatro meses após as legislativas de setembro.

Era esperado um compromisso este domingo, mas as discussões poderão prolongar-se até segunda ou terça-feira.

Conversações difíceis, segundo Angela Merkel:

"Estou confiante, mas é claro que com uma certa expectativa de que enfrentamos negociações difíceis na reunião de hoje. Sabemos que tarefa nos cabe cumprir e procuramos fazer-lhe justiça", admitiu a chanceler.

Foi definido um compromisso sobre energia e agricultura, mas não sobre o serviço público de saúde.

O líder social-democrata, Martin Schulz, procura obter o acordo dos conservadores para a supressão dos contratos de trabalho a termo e a criação de um seguro universal de saúde que substitua o sistema de saúde misto, público e privado.

"Hoje temos pela frente negociações difíceis, esperemos que até ao fim do dia surja um compromisso", disse Martin Schulz.

O líder do SPD tem de apresentar resultados aos militantes sociais-democratas, mas Merkel não tem hoje a posição de força que tinha em 2013 entre os conservadores, dispõe assim de menos campo de manobra para fazer concessões ao SPD.

Os militantes do SPD têm a última palavra sobre um eventual acordo. O partido colheu apenas 20,5% dos votos nas legislativas e está desde então em queda nas sondagens e dividido. Parte significativa dos militantes sociais-democratas querem que Schulz respeite a promessa de uma viragem à esquerda e que não ceda nas negociações com Merkel.

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