Euronews analisa "banho de sangue de Wall Street"

O "dia segujnte" em Wall Street após forte queda do Dow Jones
Direitos de autor REUTERS/Brendan McDermid
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Falámos com dois analistas sobre a derrapagem da bolsa de Nova Iorque quando os Estados Unidos vinham enviando sinais económicos positivos, em especial no emprego

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O já apelidado "banho de sangue de Wall Street" começou na semana passada e agravou-se na segunda-feira.

Qual foi a espoleta? O relatório do emprego nos Estados Unidos. Em janeiro, o setor dos bens, construção e produção gerou mais 200 mil postos de trabalho. O desemprego ficou nos 4,1 por cento e o valor médio da hora de trabalho subiu 2,9 por cento numa base anual.

Pareciam ser tudo boas notícias? E na verdade são. Os preços junto dos consumidores americanos cresceram em dezembro. A inflação global cresceu acima 2,1 por cento, enquanto a inflação subjacente aumentou 1,8 por cento, não muito longe das previsões de dois por cento da Reserva Federal Americana (FED).

"Este sinal que nos chega dos Estados Unidos reflete um regresso a um nível de inflação que não sentimos há muito. Um sinal de grande saúde na economia", sublinha François Chaulet, gestor chefe do Montsegur Finance.

A FED tem um duplo mandato. O conselho de governadores do banco central americano decide a política monetária de acordo com dois fatores: inflação e emprego máximo.

Ambos parecem de boa saúde e por isso a FED pode aumentar as taxas de juro antes do previsto. Esta decisão gerou preocupações que levaram à venda apressada de ações "De forma habitual ou histórica, se a FED aumentar demasiado as taxas de juro vai criar um impacto negativo no mercado bolsista", avisa James McBRide, gestor chefe do Grupo McBride.

Foi no meio de todo o turbilhão financeiro de segunda-feira que o novo presidente da FED tomou posse. Numa declaração gravada, Jerome Powell garantiu dar continuidade no seu mandato a uma larga maioria das políticas seguidas pela antecessora, Janet Yellen.

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