Comissário europeu esteve à conversa com a jornalista Efi Koutsokosta, numa entrevista exclusiva para a Euronews
De visita a Atenas, o comissário europeu com a pasta dos Assuntos Económicos e Financeiros, Fiscalidade e União Aduaneira procurou assegurar-se de que o programa de resgate financeiro da Grécia termina, como previsto, no próximo verão.
Pierre Moscovici falou desses e de outros temas numa entrevista à Euronews.
"Não estou a discutir uma saída limpa, dura ou suave. Estou a falar da conclusão, com sucesso, do programa. Que cheguemos ao fim do programa e que se cumpram todos os requisitos. Que depois do programa se entre numa nova era, em que se está dentro ou fora. Não haverá nada que se assemelhe a um programa falso. Não sou a favor de um programa cautelar", disse Moscovici.
O comissário europeu também vê com bons olhos o facto de um social-democrata, o pragmático e flexível Olaf Scholz, assumir pela primeira vez em oito anos o ministério alemão das Finanças: "Penso que é um sinal de que há uma mudança na Alemanha. O facto de os sociais-democratas terem um ministro das Finanças é simbólico. É um sinal de que não se pode esperar que a Alemanha renuncie à sua cultura de estabilidade. A Alemanha não vai aumentar o défice. Será sempre um parceiro muito sério. Mas também há vontade e a vontade é a de ter ação pública mais forte no que diz respeito às políticas vindouras e também maior integração na zona euro.
Durante a entrevista, Moscovici falou ainda do executivo português que parece estar a conseguir contornar, com sucesso, os anos de austeridade impostos pela "troika."
"Este Governo é sério. É pró-europeu. Está completamente em linha com os compromissos. Isso não impede a democracia. Ter compromissos para serem respeitados não impede que se tenham políticas de centro-direita ou mais políticas de centro-esquerda. Mais medidas pró-negócios ou pró-sociais", acrescentou.