Tamimi: palestiniana de 17 anos julgada à porta fechada

Tamimi: palestiniana de 17 anos julgada à porta fechada
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De  Lurdes Duro Pereira com AFP, Reuters
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Detida em meados de dezembro, a jovem que se tornou ícone da resistência palestiniana responde por 12 acusações

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A adolescente palestiniana filmada a agredir dois soldados israelitas começou a ser julgada, esta terça-feira, à porta fechada. Uma decisão que o Estado hebraico justifica com a necessidade de "proteger" a menor e já criticada pela defesa de Ahed Tamimi, a jovem de 17 anos que se transformou num símbolo palestiniano contra a ocupação israelita.

"Os isrealitas sabem que as pessoas que se encontram junto ao tribunal militar estão interessadas neste caso. Desde logo, porque sabem que há direitos que foram violados e que este julgamento não devia sequer ter lugar. Por isso, para limitar o impacto junto da opinião pública, as pessoas foram afastadas e as sessões estão a decorrer à porta fechada" refere Gaby Lasky, advogada de Tamimi.

A Amnistia Internacional apelou à libertação de Tamimi. Lembrou que Israel é um dos países signatários da Convenção de Direitos da Criança e que "a detenção é uma medida de último recurso." De acordo com a organização, pelo menos 350 crianças ou adolescentes palestinianos encontram-se, atualmente, presos.

Detida em meados de dezembro, a Tamimi responde por 12 acusações. A jovem tornou-se mundialmente conhecida em dezembro devido um vídeo divulgado nas redes sociais, mas há muito que luta contra a ocupação israelita na aldeia onde vive em Nabi Saleh. Um outro vídeo divulgado em 2012 já lhe tinha valido o Prémio Handala para a Coragem atribuído, na altura, por Ancara.

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