Pais pedem a Trump medidas que evitem massacres

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De  Nelson Pereira
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Os sobreviventes e os familiares das vítimas mortais do tiroteio no liceu da Florida pediram ao presidente medidas concretas que ponham termo aos massacres

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No encontro na Casa Branca com os sobreviventes e os familiares das 17 vítimas mortais do tiroteio no liceu da Florida, o presidente norte-americano Donald Trump nunca falou em armas. Os pais dos alunos mortos e os sobreviventes pediram ao presidente medidas concretas que ponham termo aos massacres.

"Quantas crianças devem ainda cair sob as balas?", perguntou Andrew Pollack, cuja filha de 18 anos, Meadow, foi morta no liceu de Parkland:

"Nunca imaginei que isto me aconteceria. Estou revoltado, porque não vou voltar a ver a minha filha. Ela já não está entre nós. Ela está em North Lauderdale, no cemitério King David. É lá que agora vou ver a minha filha."

Samuel Zeif, um sobrevivente do ataque, qustionou o presidente sobre a facilidade com que nos Estados Unidos pode ser compradas armas de guerra:

"Não entendo como é possível eu poder entrar numa loja e comprar uma arma de guerra - uma espingarda semi-automática AR-15. Li hoje que uma pessoa de 20 anos entrou numa loja e comprou uma AR-15, com um documento de identificação caducado. Como é possível que seja tão fácil comprar uma arma destas? Como é possível não termos posto fim a isto depois de Columbine e Sandy Hook? Ao meu lado está uma mãe que perdeu o filho. Isto continua a acontecer!"

Cary Gruber pai de um sobrevivente, relatou a angústia vivida pelo filho:

"Chamo-me Cary Gruber, sou o pai de Justin. Vou ser breve. O Justin enviou-me sms's escondido numa casa-de-banho: 'Se me acontecer alguma coisa, amo-te', 'Se me acontecer alguma coisa, amo-te'. Não pode imaginar o que isto significa para um pai. O telemóvel de Justin apagou-se e durante uma hora fiquei sem saber o que lhe aconteceu. Pedemos 17 vidas. Tive a sorte de voltar a ter em casa o meu filho."

O tiroteio em Parkland foi o 18.º numa escola nos Estados Unidos desde o início do ano, segundo a Everytown Research, que contabiliza tiroteios em escolas e universidades desde 2013. No ano passado registaram-se 65 ataques em escolas. O atentado em parkland foi o segundo mais mortífero num estabelecimento de ensino público desde o massacre de Sandy Hook, em 2012, no qual morreram 20 alunos de uma escola primária e seis educadores.

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