Turquia acusa Holanda de extremismo

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De  Luis Guita
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O chefe da diplomacia turca, Mevlut Cavusoglu, considera que o facto de o Parlamento holandês ter reconhecido a responsabilidade turca pelo "genocídio" dos arménios em 1915 é um "reflexo do racismo".

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O Parlamento holandês reconheceu, na quinta-feira, a responsabilidade turca pelo "genocídio" dos arménios em 1915, agora o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Turquia condenou “de forma dura” a moção aprovada com 147 votos favoráveis num Parlamento com 150 lugares.

O chefe da diplomacia turca, Mevlut Cavusoglu, considera tal como um reflexo do racismo: "infelizmente, isto reflete o crescente racismo, o sentimento anti-turquia e o ódio ao islão na Europa. De qualquer maneira, a Holanda é o centro de todos estes movimentos extremistas."

Além do reconhecimento do "genocídio" arménio, o Parlamento holandês exigiu que o governo de Haia seja representado por um ministro ou por um secretário de Estado às cerimónias que assinalam o massacre na capital da Arménia no próximo mês de abril.

A Turquia reconhece a morte de arménios em 1915, na Grande Guerra mas recusa "categoricamente" a classificação de genocídio.

Entretanto, o governo turco convocou o encarregado de negócios da Holanda ao Ministério dos Negócios Estrangeiros para apresentar formalmente o protesto contra a moção aprovada pelo Parlamento de Haia.

As relações entre a Holanda e a Turquia são atualmente marcadas por tensões diplomáticas porque, em 2017, as autoridades holandesas impediram a presença de ministros turcos no país durante a campanha internacional de Ancara para o referendo sobre o reforço dos poderes do chefe de Estado turco.

No passado dia 05 de fevereiro, o Executivo de Haia avisou Ancara que o embaixador da Holanda, que se encontrava de férias, não iria regressar à Turquia, “nos próximos tempos”, ficando o país representado pelo encarregado de negócios.

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