O que mudou depois de Dunblane

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De  Euronews
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O tiroteio em Dunblane, a cerca de 50 quilómetros de Edimburgo, na Escócia, em 1996 contribuiu para mudar a lei sobre a compra e a venda de armas

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Armar os professores das escolas dos Estados Unidos não vai acabar com os tiroteios, nem com as mortes nos estabelecimentos de ensino do país.

Pelo menos é o que defende o pai de uma das crianças que perdeu a vida na escola primária de Dunblane, na Escócia, em 1996.

Sophie North, de cinco anos, estava no ginásio quando o escocês Thomas Hamilton entrou a disparar. 16 crianças e uma professora morreram. Para o pai de Sophie, a situação não teria sido diferente se os docentes tivessem uma arma.

"Se olharmos para o que aconteceu em Dunblane, tínhamos três professores a tomar conta de uma turma num ginásio. Se estivessem armados não teriam tido tempo para reagir porque foram surpreendidos e é isso que esses atacantes têm, o elemento surpresa. Os professores não vão estar a guardar a porta, estão lá para ensinar, não serão capazes de disparar uma arma. Além disso, é horrível pensar que as crianças estão a crescer e a ser educadas para este tipo de situações" refere Mick North.

O tiroteio em Dunblane levou o Reino Unido a adotar de uma lei mais restritiva para a compra e venda de armas. Muitos justificam a mudança na legislação com a pressão exercida pela sociedade civil, outros pelo poder político.

Nos Estados Unidos, a questão está longe de ser consensual.

"Lembrem-se que a responsabilidade é, sobretudo, de quem faz as leis, dos políticos e não, apenas, da NRA, National Rifle Association. Na verdade, eles não deveriam ter qualquer responsabilidade para com a Associação Nacional de Armas. Deviam ter, sim, em relação aos cidadãos que deviam proteger reduzindo o número de armas em circulação" acrescenta North.

O mais recente tiroteio numa escola secundária dos Estados Unidos provocou 17 mortos. Centenas de alunos e professores manifestaram-se dias depois exigir maiores restrições à posse de armas. Donald Trump já fez saber que não pretende ceder. Em contrapartida, anunciou que pretende proibir equipamentos que permitam transformar armas semiautomática em metralhadoras.

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