Atletas olímpicas da Rússia celebram noivados à chegada a casa

Esquiadoras russas recebidas em Moscovo com pedidos de casamento
Esquiadoras russas recebidas em Moscovo com pedidos de casamento Direitos de autor REUTERS/Tatyana Makeyeva
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De  Francisco Marques com reuters, tass
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Os campeões olímpicos de PyeongChang regressam com aclamação pelos compatriotas, com destaque para a comitiva norueguesa, a nova recordista de inverno

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A Rússia nem pôde hastear a bandeira este ano em PyeongChang, mas ainda assim celebrou o regresso a casa dos atletas olímpicos russos que participaram nos Jogos Olímpicos de Inverno sob bandeira neutra.

Dois deles, aliás, duas, Anna Nechayevskaya e Anastasia Sedova, tiveram uma receção única e não pelas medalhas de bronze conquistadas no "cross country". As esquiadoras foram recebidas com pedidos de casamento no aeroporto Sheremetyevo, de Moscovo.

Ambas disseram "sim". "Não esperava ver aqui a minha mãe, a minha irmã e o meu sobrinho. Apenas o meu namorado. Desatei logo a chorar quando vi a minha família. Não esperava o pedido de casamento. Nem tinha pensado nisso apesar de namorarmos há cinco anos. Todas as raparigas sonham com este dia. Ainda bem que aconteceu hoje", assumiu Anna Nechayevskaya, citada pela agência TASS.

Anastasia Sedova também ficou surpresa quando o namorado se ajoelhou à sua frente e lhe mostrou o anel. Perguntou-me apenas 'casas comigo?' e eu nem tive dúvidas. Já estamos juntos há algum tempo", contou a agora noiva e medalha de bronze olímpico.

A passagem dos atletas russos pela coreia do Sul não fica contudo alheia à polémica. A Rússia foi suspensa pelo Comité Olímpico Internacional devido ao escândalo de doping com foco na edição anterior dos Jogos de Inverno, em Sochi, onde tinha sido inclusive a equipa mais medalhada.

Centenas de atletas russos ficaram proibidos de participar nas olimpíadas de verão no Rio de Janeiro e, agora, em Pyeongchang nem sequer foi permitido à Rússia hastear a bandeira e a equipa competiu sob bandeira neutrra e a designação oficial "Atletas Olímpicos da Rússia".

As 17 medalhas conquistadas pelos atletas russos em PyeongChang, incluindo duas de ouro, foram ainda assim muito celebradas à chegada a Moscovo. Além, claro, dos referidos pedidos de casamento.

A recordista Noruega e o combustível alemão

Os noruegueses deixaram PyeongChang como os grandes campeões. Partilham com a Alemanha o maior número de medalhas de ouro (14), mas no cômputo geral são os novos recordistas em edições das olimpíadas de inverno, com 39.

A comitiva nórdica ultrapassou as 37 medalhas conquistadas pelos Estados Unidos em Vancouver2010.

Os segundos mais medalhados foram os alemães e com uma revelação curiosa do responsável médico da comitiva. O combustível do sucesso germânico terá sido fornecido por uma cervejeira, que abasteceu a equipa na aldeia olímpica com 3500 litros de cerveja... sem álcool.

Os germânicos somaram 31 medalhas, incluindo as já referidas 14 medalhas de ouro.

Os Estados Unidos tinham apontado à conquista de 37 medalhas em PyeongChang, mas voltaram a ficar aquém das 30.

Depois das 28 conquistadas há quatro anos, em Sochi, agora ficaram-se pelas 23 e 12 delas garantidas pela comitiva feminina, responsável por cinco das nove de ouro.

Mais uma vez, contudo, os americanos foram batidos pelos vizinhos do norte.

O Canadá somou 29 medalhas, das quais 11 de ouro, foi a terceira equipa mais medalhada na Coreia do Sul e foi recebida por centenas de compatriotas após o desembarque no aeroporto de Londres, no Ontário, onde ouviram o hino colorido pelo esvoaçar de bandeiras.

Os campeões da patinagem artística, Tessa Virtue e Scott Moir, estiveram em grande destaque da comitiva canadiana nesta receção, distribuindo autógrafos após o que terá sido a última participação olímpica da dupla de ouro, que anunciou a retirada da alta competição.

Outras fontes • CP24

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