Líder do Movimento 5 Estrelas diz que "sem um diálogo com a formação, não é possível um acordo de Governo"
O braço-de-ferro político em Itália está para durar, pelo menos de acordo com as declarações de líderes partidários.
De visita a Pomigliano d'Arco, a terra natal, perto de Nápoles, Luigi Di Maio, o líder do Movimento 5 Estrelas (M5S) disse que "sem um diálogo com o M5S, não é possível um acordo de Governo."
A necessidade de compromisso também foi elencada através de um vídeo divulgado por Beppe Grillo, o fundador do Movimento.
Já o antigo primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, recorreu ao Facebook, esta terça-feira, mas para dizer que "o Movimento 5 Estrelas e os partidos da direita têm insultado o Partido Democrático (PD) durante anos e representam o oposto dos valores da formação."
Acrescentou que entende que "o Partido Democrático tem de ficar onde os cidadãos o puseram: na oposição" e sublinhou que "os que querem fazer a formação apoiar partidos de direita ou o Movimento 5 Estrelas apenas têm de dizê-lo." Pessoalmente, pensa que "seria um erro trágico e gigantesco."
Renzi demitiu-se da liderança do Partido Democrático mas com uma cláusula. Acrescentou que só sai quando houver Governo. O gesto surgiu numa altura em que dentro do PD há quem considere uma aliança pós-eleitoral com o Movimento 5 Estrelas.
Para evitar novas eleições em Itália serão precisos pactos mas essa parece, pelo menos por agora, ser uma palavra difícil de digerir.