FARC passam por primeiro duelo eleitoral

FARC passam por primeiro duelo eleitoral
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De  Nara Madeira
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O partido político FARC, nascido da guerrilha com o mesmo nome, vai a votos, pela primeira vez, este domingo.

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A Colômbia vai a votos após uma campanha eleitoral, para as Legislativas, muito polarizada. O processo de paz com as FARC, ainda divide os colombianos. A diretora do Instituto Pensar, da Universidade Javeriana, diz que a ala direita da política rejeita o acordo de paz enquanto a esquerda defende que é preciso continuar com a implementação do acordo:

"Bem, o que os especialistas dizem é que os acordos são à prova de bala, mas isso não significa que não possa haver iniciativas para obstruir algumas medidas relacionadas com sua implementação", adianta Martha Lucia Marquez Restrepo.

As FARC, antiga guerrilha colombiana, apresenta-se, pela primeira vez, e como força política, a eleições. Mas a transição não foi pacífica, foi obrigada a suspender a sua campanha devido a sabotagem e acusam a direita de responsabilidade.

"Eles tinham uma aplicação na internet onde recolhiam os dados das pessoas, iam buscá-las e levavam-nas aos comícios. Pagavam-lhes um dia de salário em troca de sabotarem, de provocarem, isto foi ao início, depois começaram a atacar com pedras, paus, garrafas", esclarece Victoria Sandino, candidata ao Senado, pelo partido político nascido da antiga guerrilha.

As FARC estão a tentar conquistar o eleitorado colombiano em lugares que antes lhes eram interditos, como as universidades. Mas estiveram também em teatros e bares, qualquer lugar, dizem, é válido para procurar a reconciliação.

"Temos que fazer um grande trabalho pedagógico, com pessoas e setores distintos, para conseguirmos a reconciliação e para que as pessoas nos conheçam", adianta a ex-comandante das FARC.

"As FARC estarão aqui, no Congresso da República, na próxima legislatura, seja qual for o resultado. O Pacto de Havana concede-lhes cinco lugares na Câmara dos Representantes e cinco no Senado. Renunciaram, no entanto, às suas aspirações presidenciais, por causa dos problemas de saúde do seu líder, Timochenko", explica Héctor Estepa, enviado da euronews a Bogotá.

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